As vendas de cimento no mercado interno totalizaram 12,9 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2017, uma queda de 8,0% em relação ao primeiro trimestre de 2016, de acordo com dados preliminares da indústria, divulgados nesta segunda-feira, 10, pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic).

Em março de 2017 foram vendidas 4,7 milhões de toneladas, com redução de 4,4% frente ao mesmo mês do ano passado. No consolidado dos últimos 12 meses (abril de 2016 a março de 2017), as vendas acumuladas totalizaram 56,2 milhões de toneladas, número 10,2% menor do que nos 12 meses anteriores (abril de 2015 a março de 2016).

De acordo com o presidente do Snic, Paulo Camillo Penna, já é possível

identificar uma suave desaceleração no ritmo de queda da demanda por cimento. “Conseguimos perceber alguns avanços no cenário econômico no País que tendem a contribuir para o aumento no consumo do produto”, afirmou, em nota.

Como exemplo, ele citou a maturação de projetos, como o Minha Casa Minha Vida, a ampliação do valor do imóvel para aquisição com recursos do FGTS, assim como a retomada das obras paralisadas. Além disso, há também as quedas nas taxas de juros e de inflação, contribuindo para um ambiente econômico mais favorável no País, na sua avaliação.

As projeções do sindicato para 2017 são de queda entre 5% a 7% nas vendas do setor. Caso isso se confirme, a indústria do cimento vai atingir o pior nível de capacidade ociosa de sua história, chegando próxima a 50%.