OSLO, 11 JUL (ANSA) – A ativista iraniana de direitos humanos Narges Mohammadi, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2023, denunciou ter sido alvo de ameaças de morte das autoridades de Teerã.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira (11) por Jorgen Watne Frydnes, presidente do Comitê do Nobel, após ele ter recebido um “telefonema urgente” da iraniana.
“A mensagem clara, em suas próprias palavras, é que ela foi ‘direta e indiretamente ameaçada de ‘eliminação física’ por agentes do regime” iraniano, disse o comunicado oficial.
Segundo Frydnes, as ameaças foram feitas na tentativa de fazer Mohammadi cessar seu apoio à democracia e aos direitos humanos.
Estas ameaças “demonstram claramente que a sua segurança está em risco, a menos que ela se comprometa a terminar todo o envolvimento público no Irã” e “todas as aparições nos meios de comunicação”, acrescentou.
Inclusive, o presidente do Comitê do Nobel declarou-se “profundamente preocupado com as ameaças contra Narges Mohammadi e, de um modo mais geral, contra todos os cidadãos iranianos que se manifestam criticamente, apelando às autoridades para que protejam não só as suas vidas, mas também a sua liberdade de expressão”.
Mohammadi, que começou a se envolver com causas sociais ainda nos anos 1990, quando estudava física na universidade, já foi detida pelo regime por 13 vezes, acumulando cinco condenações e sentenciada a um total de 31 anos de prisão e 154 chicotadas.
Laureada com o Nobel da Paz em 2023 pela “sua luta contra a opressão das mulheres no Irã e pela promoção dos direitos humanos”, a ativista está em liberdade provisória desde dezembro passado por motivos médicos. (ANSA).