Nesta sexta-feira (02), o jornalista, escritor e ambientalista Vilmar Sidnei Demamam Berna, de 64 anos, morreu no Rio de Janeiro. De acordo com familiares, a vítima teve pneumonia grave.

Segundo o G1, o jornalista participou da fundação de várias organizações da sociedade civil dedicadas às lutas ambientais, entre as quais se destacam a Univerde, em 1980, em São Gonçalo; os Defensores da Terra, em 1984, na cidade do Rio de Janeiro; e a Rede Brasileira de Informação Ambiental (REBIA), em Niterói.

O prefeito de Niterói, Axel Grael (PDT), homenageou a vítima através das redes sociais. “Quero expressar aqui a minha tristeza com a notícia da partida do Vilmar Berna. Ele sempre fez parte da minha trajetória como ambientalista. Obrigado Vilmar. Que siga em frente, agora em lutas mais elevadas. Aos familiares, meu carinho e solidariedade”, escreveu ele.

“Perder o Vilmar significa para mim a perda de um companheiro de caminhada. Para o movimento ambientalista é a perda de um militante de primeira hora, um nome que alcançou projeção regional, nacional e mesmo internacional, com o Prêmio Global 500. Mas, a luta ambientalista pressupõe perseverança e resiliência. E o Vilmar continuará a nos inspirar e a motivar a seguir em frente”, acrescentou o prefeito.

Em 1999, Vilmar recebeu o Prêmio Global 500 da ONU. O prêmio foi entregue no Japão, pelo então imperador Akihito. Após receber a gratificação, Berna fez um discurso sobre a política japonesa de caça às baleias.

A organização do evento tentou interromper a fala de Vilmar, mas o próprio imperador pediu que continuasse. Com a conclusão do discurso, Akihito afirmou que iria se informar sobre os dados e conversar com seu primeiro ministro.