Amigos, familiares e fãs começaram a se reunir em frente ao Teatro Oficina, no bairro do Bixiga para prestar as últimas homenagens a Zé Celso, que morreu nesta quinta-feira, 6, aos 86 anos.

“As notícias que a gente tem é que daqui a pouco o velório vai acontecer aqui, daqui a pouco vai abrir o teatro pra entrar devagarzinho. Branco é uma homenagem, o Zé gostava muito de branco”, conta o amigo do dramaturgo Pascoal Conceição, que chegou ao teatro por volta das 13h30.

“O Zé é uma provocação, um provocador. O Zé não deixou legado, ele deixou trabalho e deixou o parque do Bixiga pra fazer”, lembrou Conceição.

Camila Mota, atriz e produtora do Teatro Oficina, esteve no local e afirmou que ainda não há confirmação oficial sobre o horário do velório, mas que “a ideia é que seja no início da noite”. O teatro ficará aberto e a rua será fechada para carros por volta das 17h. Além disso, foi instalado um telão do lado de fora para que o púbico possa acompanhar toda a cerimônia.

A programação do teatro seguirá normal também no fim de semana, segundo Camila. “Oficina é o lugar da tragédia, não é lugar do drama. Mas a tragédia exige ação, renascimento. Pra nós e o momento de não deixar o bastão cair. Os espetáculos vão acontecer. O de hoje não e o de amanhã não sei, mas, com certeza, no fim de semana estaremos em cena. Porque o Zé faria isso”.

Homenagens ao dramaturgo Zé Celso

O amigo Pascoal Conceição, cujo último contato com o Zé foi uma semana antes do incêndio, lembra ainda que “cada um de nós fomos colocados na posição de ausência do Zé, mas ao mesmo tempo tem muita presença, porque ele deixou muito trabalho pra fazer. Ele fez o teatro do presente e, hoje, estamos participando da história do Brasil, estamos vivendo um momento histórico”, reflete.

Por volta do 12h30, um homem chamado Gabriel, que tinha cerca de 30 anos, parou em frente ao teatro pintou a rua com a frase “Zé Celso Vive”.