Velório de Vanoni será aberto ao público por 2 dias em Milão

ROMA, 22 NOV (ANSA) – O velório da cantora Ornella Vanoni, um dos grandes nomes da história da música italiana e que morreu aos 91 anos na última sexta-feira (21), será realizado no Piccolo Teatro Grassi, em Milão, e ficará aberto ao público por dois dias.   

A informação foi anunciada pelo conselheiro de Cultura de Milão, Tommaso Sacchi, por meio de suas redes sociais.   

Segundo ele, a despedida ocorrerá no próximo domingo (23), das 10h às 14h (horário local), e seguirá na segunda-feira (24), das 10h às 13h, no tradicional teatro localizado na Via Rovello.   

“O velório de Ornella Vanoni será realizado no Piccolo Teatro Grassi”, escreveu o conselheiro, confirmando o local escolhido para homenagear a artista que marcou gerações com sua voz e interpretações.   

A morte de Vanoni, uma das figuras mais emblemáticas da música italiana, provocou grande comoção no país. A primeira-ministra Giorgia Meloni expressou publicamente suas condolências.   

“Meu profundo sentimento pelo falecimento de Ornella Vanoni, uma voz inconfundível da nossa música, que moldou décadas da cultura italiana e acompanhou gerações com canções atemporais. A Itália perde uma artista única, que nos deixa um legado artístico único”, escreveu ela em suas redes sociais.   

A despedida no Piccolo Teatro Grassi deverá reunir fãs, colegas e autoridades italianas que desejam prestar homenagem à cantora, que havia completado 91 anos no último dia 22 de setembro.   

Figura sempre envolta em mistério, a cantora permaneceu na cena por quase 70 anos, com sua personalidade pirotécnica, classe de artista e uma carreira rica de sucessos. Não é por acaso que, até o último dia, foi uma convidada disputadíssima em programas de televisão, pelas histórias que contava, por sua imprevisibilidade e total indiferença ao politicamente correto e às regras da etiqueta da TV.   

Ao longo de sua carreira, ela transitou por repertórios diversos – de Roberto Carlos (“L’appuntamento”) a Piaf (“L’albergo a ore”), passando por Tammy Wynette (“Domani è un altro giorno”).   

Esse percurso culminou na intuição de Sergio Bardotti, que a levou a gravar “La voglia, la pazzia, l’incoscienza e l’allegria” com Vinicius de Moraes e Toquinho, com canções assinadas por Tom Jobim e Chico Buarque ? um álbum histórico que ajudou a difundir a música brasileira na Itália. (ANSA).