A vela brasileira estreia nos Jogos Olímpicos de Tóquio na madrugada deste domingo, a partir das 2h (horário de Brasília). As primeiras classes a disputar os Jogos Olímpicos são RS:X com Patrícia Freitas e a Laser com o maior medalhista brasileiro em olimpíadas, Robert Scheidt. A equipe conta com 13 velejadores divididos em oito classes.


+ No golden score, Eric Takabatake é eliminado por sul-coreano e dá adeus aos Jogos Olímpicos

As provas serão disputadas até 5 de agosto e o Brasil conta também com atletas nas classes 470 (masculino e feminino), 49er (masculino e feminino), Finn e Nacra. Os velejadores chegaram há duas semanas ao local de disputas para aclimatação e teste de material. O treinador da equipe é Torben Grael.

O grupo mescla renovação, performance e experiência. Como reza a tradição, a vela sempre é esperança de bons resultados olímpicos. Desde Atlanta 1996, a modalidade consegue pelo menos um pódio olímpico. Só no Japão são quatro medalhistas competindo, incluindo as atuais campeãs Martine Grael e Kahena Kunze (49erFX).

No quadro geral histórico da vela, o Brasil é a 11ª potência mundial, com 7 ouros, 3 pratas e 8 bronzes, totalizando 18 medalhas olímpicas. Para Tóquio 2020, a equipe foi escolhida com base nos melhores velejadores de cada categoria.

+ Brasil faz partida competitiva, mas é derrotado pela Noruega em estreia no handebol masculino

– O grupo de 13 velejadores a caminho de Tóquio é muito forte e apresenta resultados expressivos em competições diversas, sendo Olimpíadas, mundiais, pan-americanos e campeonatos internacionais – disse Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela.

– São verdadeiros campeões dentro e fora d’água, o que foi provado nesse período de pandemia, principalmente nas seletivas e treinamentos. Foi certamente um desafio chegar até aqui enfrentando as dificuldades da Covid-19, a dúvida sobre a realização dos Jogos e mais do que isso, a constante alteração de planejamento e logística de praticamente todos os segmentos que compõem uma administração de confederação – continuou.

– O time brasileiro está muito focado e concentrado para esse evento. Apesar das condições climáticas, os velejadores estão prontos. Destaco a presença do Torben Grael como líder da equipe, mostrando sua experiência. O COB também está nos ajudando dando boas condições para a competição olímpica, tudo foi providenciado – completou.

No dia 27, começam as regatas de 49er, 49erFX e Finn. No dia 28 é a vez das duplas do 470 masculino e feminino, além da mista NACRA 17. A previsão para os primeiros dias em Ensohima é de vento de média intensidade, com possibilidade de adiamento de regatas no meio da semana. Mas a raia olímpica pode apresentar surpresas, inclusive um tufão, como explica Walter Boddner, diretor de eventos da CBVela.

– Os regimes de ventos serão variados, como nos dois últimos anos, nos eventos-teste. Enoshima é um local de condições de vento e mar variados. Olhando a previsão, o primeiro dia será bom, com vento de terra, nordeste de força média para forte. Segunda e terça-feira serão ventos fortíssimos, talvez impossibilitando a realização de regatas. A partir de quarta-feira deve melhorar – explicou.

Enoshima é uma pequena ilha costeira, com cerca de 4 km de circunferência, na foz do rio Katase que deságua na Baía de Sagami na província de Kanagawa, no Japão. Administrativamente, Enoshima faz parte da cidade continental de Fujisawa e está ligada à seção Katase dessa cidade por uma ponte de 389 metros de comprimento.

Veja abaixo o quadro de medalhas e o calendário das Olimpíadas: