O voleibol de praia ou vôlei de praia é uma modalidade recente nos Jogos Olímpicos, mas de grande sucesso, principalmente para o público brasileiro. Em Paris-2024 a modalidade completará sua 8ª participação.
Disputado nas areias e em duplas, o vôlei de praia segue o conceito tradicional do vôlei de quadra, mas com algumas diferenças, como tamanho da quadra, altura da rede e número de jogadores.
+ Paris-2024: saiba mais sobre o retrospecto e como será o tênis na próxima Olimpíada
+ Paris-2024: entenda mais sobre o tênis de mesa nos Jogos Olímpicos
Outra diferença importante entre as modalidades é em relação a pontuação. Enquanto no vôlei de quadra as disputas são de melhor de cinco sets, com a pontuação mínima de 25 pontos por set, o vôlei de praia é disputado em melhor de 3 sets, com a dupla vencedora tendo que fazer no mínimo 21 pontos, abrindo dois de diferença.
Prometendo muita disputa e emoção, os Jogos de Paris-2024 podem significar uma “volta por cima” das duplas brasileiras do vôlei de praia após uma participação decepcionante em Tóquio-2020.
Vôlei de Praia nos Jogos Olímpicos
O vôlei de praia estreou nas Olimpíadas em Barcelona-1992, mas apenas como demonstração. Já em Atlanta-1996 o esporte já contava com disputa por medalhas, em ambos os gêneros.
Dessa forma, foram apenas 7 Olimpíadas valendo pódio para o esporte. No total, 42 medalhas foram distribuídas, 14 de cada cor.
No quadro geral de medalhas, os Estados Unidos e o Brasil se destacam. Apesar do Brasil ter mais medalhas no total (13), os norte-americanos se sobressaem na quantidade de ouros conquistados, 7 contra 3 dos brasileiros.
Até hoje, apenas uma dupla se sagrou campeã mais de uma vez. A dupla norte-americana Kerri Walsh e Misty May fez história ao conquistar a medalha de ouro três vezes seguidas, em Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012 e são as maiores vencedoras da modalidade.
Vôlei de Praia em Paris-2024
O vôlei de praia estará pela 8ª vez no cronograma das Olimpíadas. A modalidade será disputada entre os dias 27 de julho e 10 de agosto, em uma arena improvisada na Torre Eiffel.
Ao todo serão 96 atletas na disputa, divididos em 48 duplas (24 duplas masculino e feminino). Cada CON pode ter no máximo duas duplas por gênero no torneio.
Para se classificar, as delegações disputaram o Campeonato Mundial de 2024 e torneios de qualificação continentais. As outras vagas foram completadas por país sede e o Ranking Olímpico da Federação Internacional de Voleibol (FIVB).
Faltando poucos dias para começar a disputa do vôlei de praia, as duplas já sabem seus grupos e quais serão os confrontos. Serão 6 grupos, de A a F, em cada gênero. Confira:
Masculino
Grupo A
- Ahman/Hellvig – Suécia
- Cherif/Ahmed – Catar
- Cottafava/Nicolai – Itália
- Nicolaidis/Carracher – Austrália
Grupo B
- Grimalt/Grimalt – Chile
- Mol/Sorum – Noruega
- Ranghieri/Carambula – Itália
- Van De Velde/Immers – Países Baixos
Grupo C
- Bassereau/Lyneel – França
- Bryl/Losiak – Polônia
- Ehlers/Wickler – Alemanha
- Hodges/Schubert – Austrália
Grupo D
- Abicha/Elgraoui – Marrocos
- André/George – Brasil
- Diaz/Alayo – Cuba
- Partain/Benesh – Estados Unidos
Grupo E
- Evandro/Arthur – Brasil
- Hörl/Horst – Áustria
- Perusic/Schweiner – República Checa
- Schachter/Dearing – Canadá
Grupo F
- Boermans/De Groot – Holanda
- Evans/Budinger – Estados Unidos
- Herrera/Gavira – Espanha
- Krou/Gauthier-Rat – França
Feminino
Grupo A
- Duda/Ana Patrícia – Brasil
- Gottardi/Menegatti – Itália
- Liliana/Paula – Espanha
- Marwa/Elghobashy – Egito
Grupo B
- Bansley/Bukovec – Canadá
- Mariafe/Clancy – Austrália
- Nuss/Kloth – Estados Unidos
- Xue/Xia – China
Grupo C
- Hermannova/Stochlova – República Checa
- Hughes/Cheng – Estados Unidos
- Muller/Tillmann – Alemanha
- Vieira/Chamereau – França
Grupo D
- Esmeé/Zoé – Suiça
- Melissa/Brandie – Canadá
- Poletti/Michele – Paraguai
- Tina/Anastasija – Letônia
Grupo E
- Akiko/Ishii – Japão
- Bárbara Seixas/Carol Solberg – Brasil
- Paulikiene/Raupelyte – Lituânia
- Stam/Schoon – Países Baixos
Grupo F
- Alvarez/Moreno – Espanha
- Huberli/Brunner – Suiça
- Ludwig/Lippmann – Alemanha
- Placette/Richard – França
O pontapé da disputa do vôlei de praia na Olimpíada será no dia 27 de julho, às 9h (horário de Brasília) com o confronto entre os norte-americanos Partain e Benesh enfrentando os cubanos Diaz e Alayo.
Brasil no vôlei de praia nos Jogos Olímpicos
O Brasil é uma das grandes potências do volei de praia, especialmente em Olimpíadas. A seleção brasileira esteve presente em todos os torneios, desde a estreia em Atlanta, até os Jogos de Tóquio-2020.
Além da presença, o Brasil se impõe também nas conquistas. No feminino são 7 medalhas conquistadas, 1 de ouro, 4 de prata e 2 de bronze, além de diversas duplas consagradas, como Jaqueline e Sandra (ouro em Atlanta-1996), Adriana e Shelda (prata em Sidney-2000 e Atenas-2004), entre outras.
Já no masculino o Brasil tem 6 medalhas, 2 de ouro, 3 de prata e 1 de bronze. A dupla Ricardo e Emanuel marcou história ao conquistar o ouro Atenas-2004 e o bronze em Pequim-2008. Além disso, ambos conquistaram uma medalha de prata jogando ao lado de outro companheiro. Alison Cerutti e Bruno Schmidt também se destacaram com o ouro na Rio-2016.
Com um grande retrospecto a seu favor, o Brasil deve voltar a disputar medalhas após uma campanha decepicionante em Tóquio-2020. Naquele ano, a seleção ficou fora do pódio, em ambos os gêneros, pela primeira vez na história.
Para voltar ao caminho das vitórias olímpicas a delegação brasileira contará com 4 duplas, 2 no masculino e 2 no feminino.
No masculino, André/George e Evandro/Arthur representarão a seleção. Já no feminino as duplas Bárbara Seixas/Carol Solberg e Duda/Ana Patrícia foram as classificadas.
Apesar do momento brasileiro do Brasil no vôlei de praia não ser dos melhores, a tradição e o peso da camisa podem fazer a diferença. A principal esperança é na dupla Duda e Ana Patrícia, campeãs mundiais em 2022 e vice-campeãs em 2023.
