Em uma nova rodada de sanções, o governo Donald Trump revogou o visto de sete autoridades brasileiras na segunda-feira, 22. Os alvos foram: Jorge Messias, advogado-geral da União; José Levi, ex-secretário-geral do Tribunal Superior Eleitoral na gestão de Alexandre de Moraes; Benedito Gonçalves, ex-ministro do TSE e Airton Vieira, juiz auxiliar de Moraes no Supremo Tribunal Federal.
Além deles, a lista conta com Marco Antonio Martin Vargas, ex-assessor eleitoral; Rafael Henrique Tamai Rocha, juiz auxiliar de Moraes; e Cristina Yukiko Kushara, chefe de gabinete de Alexandre de Moraes. A medida ainda atinge parentes imediatos dessas autoridades, como cônjuges e filhos.
Confira abaixo os outros brasileiros que tiveram os vistos revogados
No mês de julho, o secretário de Estado do governo Trump, Marco Rubio, anunciou a revogação dos vistos de magistrados da Suprema Corte. A decisão aconteceu em 19 de julho, um dia depois de o ministro Alexandre de Moraes determinar o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Foram impactos pela medida os ministros:
- Alexandre de Moraes;
- Luis Roberto Barroso, o presidente da Corte;
- Edson Fachin, vice-presidente;
- Dias Toffoli;
- Cristiano Zanin;
- Flavio Dino;
- Cármen Lúcia;
- Gilmar Mendes.
Ficaram de fora da lista os magistrados Luiz Fux, André Mendonça e Nunes Marques. A ordem se estende aos familiares dos ministros, sem detalhar quem especificamente.
Ainda no mesmo mês, Moraes foi alvo da aplicação da Lei Magnitsky, usada pelos Estados Unidos para punir estrangeiros. Além de ter o visto revogado, o magistrado teve os bens nos EUA bloqueados, assim como qualquer empresa ligada a ele. Alexandre de Moraes também não pode mais realizar transações com cidadãos e empresas estadunidenses, incluindo uso de cartões de crédito emitidos pelo país.
Recentemente, na segunda-feira, 22, o governo americano adotou uma nova ação ao sancionar a esposa de Moraes, Viviane Barci de Moraes, com base na Lei Magnitsky. Com isso, ela também está impedida de ter o visto.
Membros do governo Lula
Em agosto, os EUA revogou o visto do procurador-geral da República, Paulo Gonet. Além de magistrados, o governo Trump cancelou a autorização de entrada no país de funcionários do governo brasileiro que atuam no programa “Mais Médicos”. Foram eles:
- Mozart Júlio Tabosa Sales – secretário do Ministério da Saúde do Brasil;
- Alberto Kleiman – ex-funcionário do governo brasileiro.
Estão incluídas na lista a esposa e a filha, de 10 anos, do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Morte do ativista conservador Charlie Kirk
A gestão Trump também passou a aplicar uma série de retaliações contra estrangeiros que comemorassem a morte do ativista conservador Charlie Kirk, assassinado por um tiro no pescoço enquanto participava de um debate na Universidade Utah Valley, no dia 10 de setembro.
O médico brasileiro Ricardo Jorge Vasconcelos Barbosa, residente de Recife, teve o visto negado após publicar uma mensagem nas redes sociais elogiando Tyler Robinson, preso sob suspeita de matar Kirk.