Os atos golpistas cometidos por terroristas bolsonaristas em Brasília, no dia 8 de janeiro, que invadiram e depredaram o Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF (Supremo Tribunal Federal), ainda segue dando o que falar. Por meio das redes sociais, alguns famosos lamentaram e criticaram a postura dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), diferente de outras personalidades que demonstraram apoio aos protestos golpistas.

Além de Cássia Kis, veja mais famosos a favor de manifestações antidemocráticas

A IstoÉ Gente lista abaixo artistas que estão sendo prejudicados após apoiarem manifestações antidemocráticas. Confira!

Cássia Kis

Cássia Kis, de 64 anos, que é bolsonarista declarada, participou de três manifestações antidemocráticas no Rio de Janeiro no ano passado, que pedia para as Forças Armadas tomarem o poder no Brasil. Ao lado de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a atriz da Globo apareceu em diversos vídeos que viralizou nas redes sociais rezando junto dos manifestantes.

Sempre presente nas manifestações antidemocráticas, a IstoÉ Gente descobriu que veterana não compareceu nos atos golpistas cometidos em Brasília. Segundo uma fonte informou para a nossa reportagem, Cássia Kis acompanhou o vandalismo ao patrimônio público em sua casa.

Nas redes sociais, vários internautas pediram a que a TV Globo demita a veterana, que está no ar atualmente em “Travessia”, novela das nove da emissora.

Cássia Kis é vista em manifestações bolsonaristas | Celebridades | O Dia

Gusttavo Lima

Gusttavo Lima, que é bolsonarista assumido, está enfrentado uma onda de rejeição e shows cancelados. Segundo a assessoria de imprensa do cantor informou na terça-feira (17), o Bloco do Embaixador no circuito Barra/Ondina, em Salvador, foi cancelado e postergado para 2024.

Além disso, na virada de ano, uma fã de Lima se irritou com os discursos de extrema direita do sertanejo e arremessou uma garrafa na cabeça dele. “O que aconteceu na verdade foi que me indignei com a conotação política dada pelo cantor durante o show de réveillon, onde foi pago caro para me divertir e acabar tendo que participar de um ato político em prol de um ex-presidente que tanto massacrou os brasileiros”, declarou a fã na internet.

Gusttavo Lima fala sobre cancelamento de bloco no Carnaval de Salvador

Monark

Bruno Aiub, mais conhecido como Monark, pediu emprego após ser banido da internet por defender atos golpistas, e ainda acusou Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), de censurar seus perfis nas redes sociais.

Na última sexta-feira (13), uma decisão judicial deixou retida diversas contas bolsonaristas nas redes sociais. O youtuber Monark, os deputados bolsonaristas Nikolas Ferreira (PL-MG) e José Medeiros (PL-MT), além de influenciadores apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, tiveram as contas retiras no Twitter e no Instagram.

O que motivou a Justiça a tomar essa decisão foram postagens de Monark no dia 8 de janeiro, data em que bolsonaristas golpistas praticaram atos de terrorismo em Brasília. Na rede social, o youtuber disse que sente ‘simpatia’ por quem participou dos atos antidemocráticos.

“Eu sinto simpatia pelas pessoas que estão protestando, esse nosso estado é uma ditadura nefasta e autoritária, só roubam o povo. Algo deve ser feito, mas nossa classe política se provou covarde e conivente, com isso é normal o povo se sentir sem esperanças e rebelar”, escreveu Monark no microblog.

“A coisa tem 3 caminhos agora para seguir: Estado cede aos manifestantes ao ponto de desmobiliza-los, Estado usa da força para retirar tudo mundo e prendendo algumas pessoas, os manifestantes se cansam e vão para casa”, completou.

Após a repercussão negativa, Monark negou que apoie a invasão de bolsonaristas ao Congresso: “Quero deixar claro que eu não apoio a invasão, meus comentários tem como propósito apenas analisar e situação. Espero que todos os envolvidos voltem para suas casas em segurança, e que os atos de violência sejam punidos”, disse.

Monark e Nikolas Ferreira têm contas suspensas no Twitter por decisão judicial

Netinho

O cantor baiano é outro artista que apoia Bolsonaro e, agora, os atos golpistas. “Pai, cantor, cristão, conservador, patriota, homem de bem, bolsonarista”, resumiu em sua biografia do Instagram. Em postagem mais recente, Netinho pergunta: “Alô, Alexandre de Moraes! Esses petistas infiltrados que promoveram o caos e vandalismo ontem serão responsabilizados? Lula, quer fazer intervenção federal para conter seus vassalos?”.

Netinho teve um show cancelado em Aracaju (SE), em um bloco de Carnaval. De acordo com o clube responsável pelo evento, a ação foi tomada após pressão dos sócios do local por conta das publicações extremistas do cantor nas redes sociais.

O membros do clube reclamaram pela presença de Netinho em um acampamento bolsonarista em frente ao Quartal da Mouraria, em Salvador, e por uma fala dele dizendo sobre “invadir pacificamente Brasília”. O Iate Clube Aracaju substituiu Netinho por Tatau, ex-vocalista do Araketu.

Em nota, o local afirmou que “não compactua nem apoia atos antidemocráticos e não irá permitir jamais qualquer ação dessa natureza”. No último domingo (16), o cantor rapidamente se manifestou sobre o assunto e chamou a polêmica de fake news.

“Eu lamento, nego e reafirmo que sempre me manifestei a favor da família, da paz e do amor, que sempre fizeram parte do meu repertório da carreira bem sucedida e acompanhada de perto pelos sergipanos e por gente de todo mundo. Os que espalharam fake news me acusando de ‘incentivar e financiar o terrorismo’, coisa que nunca fiz em 56 anos de vida, terão que provar isso na Justiça. Não são fake news que irão apagar toda a minha história positiva de década”, pontuou Netinho.

Carla Zambelli convoca Netinho para disputar eleições na Bahia em 2022 | Metrópoles

Atos golpistas

No dia 8 de janeiro, bolsonaristas invadiram o Congresso em Brasília. O grupo de extremistas, que marchava pela Esplanada dos Ministérios, enfrentou os bloqueios policiais e invadiu o prédio do Congresso Nacional. Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) subiram a rampa que dá acesso ao prédio e depredaram tudo no local.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou neste domingo intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal até 31 de janeiro deste ano após a invasão e depredação por bolsonaristas extremistas das sedes dos Três Poderes da República, e culpou o ex-presidente Jair Bolsonaro por ter estimulado os atos de vandalismo.