Veja como aliados e opositores de Lula reagiram à cirurgia nas redes sociais

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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto Foto: REUTERS/Adriano Machado

A cirurgia de emergência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizada na noite da última segunda-feira, 9, causou forte repercussão no meio midiático, e diversas personalidades políticas foram às redes se manifestar. No ranking de pesquisas do Google, o nome “Lula” é a palavra mais pesquisada.

O caso aconteceu após o petista sentir dores de cabeça e ser encaminhado ao Hospital Sírio-Libanês – onde uma hemorragia intracraniana foi identificada e o procedimento médico foi efetuado sem intercorrências. Por meio de boletim médico publicado na plataforma X, Lula deu o parecer sobre seu estado de saúde e disse estar bem, sob monitorização na UTI.

Ainda na rede social X, antigo twitter, correligionários prestaram apoio ao líder executivo e a espera por uma melhora no quadro. A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, afirmou que Lula está se recuperando bem e que torce para que ele volte às atividades no Palácio em breve.

Já outras petistas como a deputada federal Luiza Erundina (PT) e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco (PT), expressaram mensagens de afeto ao presidente da república por meio das redes X e Instagram. Ambas vincularam fotos em que aparecem ao lado de Lula e registraram o desejo por uma recuperação rápida e plena.

 

Outro nome presente entre as postagens de suporte é o de Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania. Via Instagram, Silvio publicou uma foto dele e da família junto a Lula. Vale lembrar que, em setembro deste ano, o ex-ministro foi retirado do cargo pelo próprio presidente do país em decorrência de acusações de assédio.

Oposição

Fora da base de Lula, a maioria dos políticos não se manifestou- apesar de alguns apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro terem utilizado o procedimento médico do petista como pauta de politização. O vereador Rubinho Nunes (União Brasil), por exemplo, publicou em sua conta no X uma provocação relativa à escolha do Hospital Sírio Libanês, uma rede privada, como local da cirurgia do chefe de Estado. De acordo com ele, a operação deveria ter sido pelo Sistema Único de Saúde.

Em resposta, o tratamento dado por algumas alas políticas foi criticado pelo deputado Rogério Correia (PT-MG). O mineiro compilou comentários em que bolsonaristas desejam a morte de Lula e manifestam mensagens de ódio. “Aliás, já viram alguma postagem de deputados da extrema direita desejando melhoras ao presidente Lula?”, escreveu.

A primeira-dama, Janja Lula da Silva, também utilizou o Instagram para falar do estado do marido. Na tarde desta terça-feira, 10, Janja postou uma fotografia do casal e agradeceu as orações e mensagens de afeto enviadas ao presidente. Além disso, ela disse que a “angústia deu espaço para a tranquilidade” e acalmou os apoiadores.

A cirurgia

O presidente Lula foi submetido a uma cirurgia de craniotomia para drenagem de hematoma durante a madrugada da última segunda-feira, 9. De acordo com fontes oficiais, o petista havia sentido dor de cabeça e foi levado ao Hospital Sírio Libanês de Brasília. Após a identificação do problema (hemorragia intracraniana), ele foi encaminhado à unidade de São Paulo, onde realizou a operação.

A cirurgia teria ocorrido sem contratempos e deixado o petista bem, em processo de monitorização pelas próximas 48 horas no leito da UTI.

Os atuais trâmites médicos têm relação com o acidente doméstico sofrido por Lula no dia 19 de outubro deste ano. Na ocasião, o chefe de Estado havia caído no banheiro do Palácio da Alvorada enquanto cortava as as unhas do pé. A queda originou um corte de três pontos na região da nuca, mas a recuperação do presidente correu sem grandes dificuldades.