Como se já não bastasse as notícias falsas produzidas sobre temas delicados ou personalidades, o novo coronavírus também foi um dos principais alvos das fake news no mundo todo.

A preocupação chegou à Organização Mundial da Saúde (OMS), que classificou o problema das fake news sobre a Covid-19 como uma “infodemia”, uma referência a pandemia, mas desta vez de desinformação.

Com isso, a IFCN (International Fact-Checking Network) orquestrou uma rede de 80 veículos distribuídos em mais de 70 países para tentar reduzir os dados das notícias falsas. O site #CoronaVirusFactsAlliance tem um trabalho que engloba dados com todas as checagens. O trabalho também delimita quais são os temas mais usados e em qual lugar a fake news foi produzida.

De acordo com as checagens, os países que mais tiveram notícias falsas verificadas são Índia, Estados Unidos e Brasil. O UOL Tilt fez um balanço com algumas das checagens mais bizarras.

Urina de vaca contra o coronavírus

O uso de urina de vaca como medicamento contra a Covid-19 foi amplamente divulgado na Índia. O animal é considerado sagrado no país. A possibilidade foi até um questionamento feito ao ministro da saúde indiano.

Houve até mesmo uma “celebração” por um grupo nacionalista para ingerir a urina da vaca, a qual é consumida na Índia como remédio para inúmeras enfermidades.

Plástico bolha transmite coronavírus

Um a página de humor publicou em fevereiro deste ano que o ato de estourar plástico bolha poderia espalhar a Covid-19. A hipótese foi cogitada, já que, segundo a página, a produção do material era feita por pessoas supostamente contaminadas.

“Primo do porteiro aqui do prédio”

“Gente! O primo do porteiro aqui do prédio morreu pq foi trocar o pneu do caminhão e o pneu estourou no rosto dele. Receberam o atestado de óbito como se fosse a covid-19. Eles estão indignados”.

Esse caso aconteceu no Brasil e o texto chegou a ser compartilhado por centenas de perfis nas redes sociais.

Quarentena em bordel

Desta vez, a origem da fake news foi um site da Espanha, no qual foi produzida um  suposto caso de que 86 pessoas deveriam ficar de quarentena em um bordel depois do contágio do novo coronavírus por uma garota de programa. O assunto chegou a viralizar nas redes sociais.

Uso de termômetro mata neurônios

Esta fake news mais recente também foi bastante difundida pela América Latina. Na Colômbia, foi divulgado que o infravermelho dos termômetros, aparelho que está sendo utilizado em estabelecimentos, causava a “morte dos neurônios”.

Carne bovina é melhor que a vacina

Apesar da vacina contra o novo coronavírus ainda não sido descoberta, um site na França divulgou que o consumo de carne bovina seria eficaz contra a Covid-19. O país europeu é o sexto em número de fake news checadas.

Bebê indica consumo de ovos

Como se já não bastasse as recomendações dos adultos para a “cura” para o novo coronavírus, desta vez, um bebê foi o escolhida para passar a receita milagrosa: consumo de ovos cozidos. O vídeo viralizou nas Filipinas e chegou à marca de 1,4 milhões de visualizações. No entanto, além de falsa, a notícias foi copiada de um a história utilizada na China, mas em vez do bebê, o autor do da “dica” foi um porco.

Praia de Copacabana virou cemitério

A protesto com cruzes na praia da Copacabana, no Rio de Janeiro, que representavam as vítimas da Covid-19, ganhou bastante repercussão em todo o Brasil. Do outro lado do mundo, mais especificamente na Itália, a imagem da manifestação foi difundida como se o local famoso no mundo todo tivesse sido transformado em um cemitério para os mortos do novo coronavírus.

Secador de cabelo como “mata covid-19”

Utilizando o secador contra o nariz por pelo menos cinco vezes ao dia, essa foi uma recomendação que viralizou no México. De acordo com a publicação, o novo coronavírus seria destruído após ser exposto a uma temperatura de 56° C. Além disso, a utilização de água fervente no rosto também foi cogitada.

Messi, o conspirador

Na Argentina, uma das 167 checagens que chamou atenção foi de que o craque argentino tinha o conhecimento de que a pandemia seria um “golpe planetário”, utilizado pelos líderes mundiais para “impor um governo tecno-totalitário baseado no controle, na hipervigilância e na redução das liberdades civis”.