SÃO PAULO, 12 JUL (ANSA) – Por Luciana Ribeiro – A Mostra Internacional de Arte da Bienal de Veneza, que acontece até 24 de novembro, é um dos eventos culturais mais prestigiados da Itália. Além de uma imersão pelo mundo das artes, os visitantes e turistas que passarem pela Bienal podem aproveitar para curtir um roteiro inesquecível pela capital do Vêneto. De palácios históricos a jardins, passando por galerias, museus e fundações permanentes, confira cinco passeios culturais imperdíveis: 1. Ca’Giustinian: Localizado no bairro de San Marco e com vista para o Grande Canal, Ca’Giustinian é a sede da Bienal de Veneza e está entre as estruturas mais representativas do estilo gótico veneziano.   

O palácio, originalmente chamado de “dei Giustinian”, foi construído por volta do século XV e é o resultado da união de dois edifícios diferentes: Giustinian e Badoer-Tiepolo.   

Os interiores do palácio são caracterizados por linhas e cores neutras combinadas com decorações que remetem ao design contemporâneo. No terraço, é possível ter uma vista exuberante da Praça São Marcos. 2. Giardini della Biennale: Os Giardini della Biennale são um local tradicional de exposições de arte da Bienal desde a sua primeira edição, em 1895. Localizado no lado leste de Veneza, o espaço foi construído no século XIX.   

Os Giardini contam com 29 pavilhões de países estrangeiros, que em muitos casos representam exemplos da arquitetura moderna.   

Neste ano, a mostra tem como objetivo dar voz às urgências do cotidiano.   

3. Biblioteca da Bienal: A Biblioteca da Bienal é desde 2009 parte integrante do Pavilhão Central dos Giardini. A restauração foi concluída em 2010, com a abertura da grande sala de leitura, cercada por uma galeria de dois andares, com mais de 800 metros de prateleiras.   

Graças a uma coleção de livros com mais de 153 mil volumes e 3 mil revistas, ela é uma das principais bibliotecas de artes contemporâneas da Itália.   

4. Arsenale O Arsenale foi o maior centro de produção em Veneza durante a era pré-industrial e um enorme complexo de construção naval, onde as frotas da Sereníssima eran construídas.   

O local, considerado um símbolo do poder econômico, político e militar da cidade, começou a abrigar exposições da Bienal desde 1980, por ocasião da 1ª Exposição Internacional de Arquitetura.   

Em 1999, diversos projetos de melhorias do espaço foram implementadas, o que permitiu a abertura de outros lugares, como o Teatro alle Tese e o Teatro Piccolo Arsenale (2000), o Giardino delle Vergini (2009), e as Sale d’Armi (2015).   

5. Filmoteca Para os amantes de cinema, a Filmoteca é um dos locais que precisam ser visitados em Veneza. Lá, é possível encontrar uma coleção de obras apresentadas durante os diversos festivais cinematográficos internacionais, de 1932 até a atualidade. No total, o arquivo histórico reúne 1230 filmes, incluindo produções que receberam o Leão de Ouro.   

A Bienal – A 58.ª Exposição Internacional de Arte, intitulada “May You Live In Interesting Times” ou, em tradução livre, “Você pode estar vivendo em tempos interessantes”, exibirá, até 24 de novembro, instalações de 79 artistas e 90 países. O título se baseia numa antiga maldição chinesa que invoca períodos de incerteza, crise e turbulência, segundo o curador da exposição, Ralph Rugoff, atualmente diretor da Hayward Gallery, em Londres.   

A principal ideia é retratar uma época complexa, na qual os artistas precisam lidar com questões que vão de sexualidade à integração racial, em uma realidade governada pelas redes sociais. (ANSA)