A perseguição desenfreada de um carro, ou de um caminhão, como arma do terror: o atentado cometido nesta sexta-feira em Estocolmo remonta a um modus operandi conhecido, que teve sua assinatura já reivindicada pelo grupo Estado Islâmico em Londres, Berlim e Nice, por exemplo.
Confira abaixo os ataques cometidos recentemente na Europa, tendo veículos como arma:
= Reino Unido
– 22 março 2017, Londres: o britânico convertido ao Islã Khalid Masood investe seu carro contra a multidão sobre a ponte de Westminster. Quatro pessoas morreram, e cerca de 50 ficaram feridas. Em seguida, ele esfaqueia um policial, antes de ser morto diante do Parlamento. O EI assumiu a autoria do ataque.
– maio 2013, Londres: dois londrinos de origem nigeriana atropelam o jovem soldado Lee Rigby antes de esfaqueá-lo. Em um vídeo gravado logo após a agressão, um dos assassinos disse querer vingar os “muçulmanos mortos por soldados britânicos”.
= Alemanha
– 19 dezembro 2016, Berlim: o tunisiano Anis Amri lança o caminhão que dirigia sobre uma feira de Natal, deixando 12 mortos e 48 feridos. O ataque foi reivindicado pelo EI.
= França
– 14 julho 2016, Nice: o tunisiano Mohamed Lahuaiej Bouhlel lança seu caminhão contra uma multidão na noite da Festa Nacional, matando 86 pessoas e deixando mais de 400 feridos. O atentado nessa cidade da Côte d’Azur foi reivindicado pelo Estado Islâmico.
– 1º janeiro 2016, Valence: um francês de origem tunisiana atropela quatro soldados na frente da grande mesquita dessa cidade do sudeste da França. Esse ataque não foi classificado como terrorista, diante das motivações confusas do agressor.
– 21 dezembro 2014, Dijon : um motorista lança seu veículo, deliberadamente, contra pedestres nessa cidade do leste da França, ferindo 13 pessoas, aos gritos de “Allah Akbar!” (“Alá é grande!”). O procurador não considerou o episódio um ato de terrorismo, já que o autor tinha problemas psiquiátricos graves.
= Canadá
– outubro 2014, Montreal: um canadense de 25 anos, recentemente convertido às teses extremistas, lança seu carro contra três militares. Um deles faleceu, e outro ficou ferido. Cercado pela polícia ao fim de uma longa perseguição, o agressor foi abatido após deixar seu veículo, com uma faca na mão.