Foram vazadas fotos exclusivas do inquérito policial relativas à autópsia da cantora Marília Mendonça, ocorrida em 5 de novembro de 2021. Há, inclusive, fotos da artista durante autópsia no IML.

Após a divulgação das imagens, a equipe de Marília, a mãe da artista e a polícia de Minas Gerais se manifestaram. Todos fazem o mesmo apelo: não compartilhem esse tipo de conteúdo.

Em entrevista à IstoÉ, Gil Ortuzal, advogado criminalista e presidente regional da ACRIMESP (Associação dos Advogados Criminalistas do Estado de São Paulo), explicou que a divulgação das fotos da necropsia da cantora “ultrajam sua imagem de forma criminosa, sendo dever do Estado punir os responsáveis por vilipêndio a cadáver”, conforme o artigo 212 do Código Penal Brasileiro.

A pena prevista é de 1 a 3 anos e multa.

“Importante lembrar que, aqueles que compartilharem as fotos e vídeos que vazaram do IML, também poderão responder pelo crime. O IML – Instituto Médico Legal é um órgão público, que oferece bases técnicas para o julgamento de causas criminais e, ironicamente, nesse caso, será investigado pelo suposto crime”, comenta o especialista.

“Além da questão criminal pelo vazamento das imagens, o funcionário público e o Estado (IML) são passíveis de uma ação civil de indenização milionária, pelo fato do cadáver ser da Marilia Mendonça, uma personalidade pública de grande vulto e sua imagem ter um valor imensurável no meio artístico”, concluiu.