Revelado nesta semana, o vazamento que expôs mais de 772 milhões de endereços de e-mails e de 21 milhões de senhas pode ser maior do que o imaginado. Ontem, o pesquisador de segurança da informação Brian Krebs disse, em sua conta no Twitter, que encontrou um novo pacote de credenciais digitais, que completaria o primeiro arquivo e seria pelo menos dez vezes maior. Segundo ele, ainda não é possível identificar quem são as vítimas afetadas.

Sem revelar a identidade do infrator, Krebs disse que esteve em contato com o hacker que supostamente expôs e vendeu os dados na internet. O suposto criminoso oferecia, por meio do aplicativo Telegram, a venda de um pacote com 1 terabyte de tamanho, repleto de informações pessoais de usuários – equivalente a mais de 100 filmes, de duas horas, em alta definição. O primeiro arquivo, chamado de Collection #1, tinha 87 gigabytes (um terabyte, por sua vez, é formado por 1024 gigabytes).

No Twitter, Krebs publicou ainda uma imagem que supostamente comprovava a existência do novo pacote, vendido por meros US$ 45 pelo hacker. Além da Collection #1, a pasta incluía outras quatro coleções, além de apanhados esparsos de dados. Krebs disse ainda, no Twitter, que o hacker tentou lhe vender outro pacote, com tamanho de quatro terabytes.

O especialista ainda reforçou a teoria de que os dados pertencentes aos pacotes fazem parte de informações já vazadas anteriormente na internet. Outro indício que se soma a essa conjectura é o fato de que a Hold Security, empresa especializada em cibersegurança, diz já ter encontrado 99% dos dados da Collection #1 em pacotes menores espalhados pela rede. Ao que se sabe, os arquivos coletados e expostos na primeira coleção foram coletados de 2 mil bancos de dados, recolhidos nos últimos dois ou três anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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