A Santa Sé fará os “esclarecimentos necessários” após os recentes ataques diretos de um grupo ultraconservador da Igreja Católica contra o papa Francisco, anunciou nesta segunda-feira (10) o C9, o conselho de cardeais que ajuda Francisco na reforma do Vaticano.

Acusado pelo prelado conservador italiano Carlo Maria Vigano de proteger o cardeal americano Theodore McCarrick, suspeito de praticar abusos sexuais a seminaristas e sacerdotes, o sumo pontífice argentino se negou até agora a fazer comentários.

Mas isso pode mudar: em um comunicado, o “C9” expressou a sua “plena solidariedade com o papa Francisco” neste debate que divide profundamente a Igreja americana e sacode todo o Vaticano, afirmando que a Santa Sé está “formulando os esclarecimentos necessários”.

Em um folheto publicado coincidindo com a visita do papa à Irlanda no final de agosto, o monsenhor Vigano, embaixador do Vaticano em Washington entre 2011 e 2016, acusou o papa de ter ignorado durante cinco anos todos os relatórios sobre o arcebispo McCarrick, apresentado como um notório predador sexual.

O papa não quis fazer comentários sobre o texto no avião que o levou de volta de Dublin, e mais tarde afirmou que apenas “o silêncio e a oração” podem combater “o escândalo e a divisão”.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias