VATICANO, 13 JUL (ANSA) – O Vaticano apelou neste sábado (13) a um cessar-fogo em todas as frentes da guerra em andamento entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas na Faixa de Gaza e pediu a “libertação imediata dos reféns israelenses”.   

O apelo foi feito pelo arcebispo Gabriele Caccia, observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas em Nova York, em sua declaração à Comissão da Assembleia Geral para o anúncio das contribuições voluntárias à agência da ONU para os Refugiados Palestinos (Unrwa).   

Na mensagem, o religioso defendeu a “entrega sem entraves de ajuda essencial ao povo palestino e o respeito pelo direito humanitário internacional por todas as partes envolvidas, sem exceções”.   

Caccia enfatizou também a necessidade da “reabertura de todos os pontos de entrada em Gaza para facilitar a entrega da tão necessária ajuda humanitária, incluindo alimentos, água e medicamentos, à população sofredora”.   

Além disso, destacou o papel crucial da Unrwa “na resposta às necessidades básicas de mais de 5 milhões de refugiados palestinos no Oriente Médio, especialmente no contexto da crise humanitária catastrófica em curso na Faixa de Gaza”.   

“A Santa Sé reafirma o seu compromisso com o apoio financeiro e incentiva todos os Estados-membros a contribuir para a Unrwa ou a retomar as contribuições para apoiar os esforços cruciais da agência”, acrescentou.   

O arcebispo disse ainda que considera da maior importância “preservar e promover a neutralidade da Unrwa para cumprir o seu mandato de acordo com a resolução de 8 de dezembro de 1949”.   

Em sua mensagem, o observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas refletiu “sobre os trágicos acontecimentos ocorridos em Israel e na Palestina após o atroz ataque terrorista contra a população israelense no dia 7 de outubro” e afirmou que eles “tiveram um impacto profundamente negativo na vida de inúmeras pessoas inocentes”.   

Por fim, Caccia exortou as partes envolvidas nas hostilidades em Gaza a empenharem-se em um diálogo construtivo sobre as propostas de paz” e reiterou que, em qualquer conflito, “os locais que devem garantir a proteção da população civil, como escolas, hospitais e locais de culto, e as instalações das agências das Nações Unidas não podem ser utilizados ou alvo de operações militares”. (ANSA).