O Vaticano, que enfrenta um déficit orçamentário significativo, anunciou um lucro de 62,2 milhões de euros (US$ 72,2 milhões ou R$ 403,3 milhões) em seus ativos financeiros e imobiliários, 35% a mais que no ano anterior, segundo um balanço publicado nesta segunda-feira (28).
Este resultado facilita a alocação de uma contribuição extraordinária de 46,1 milhões de euros (cerca de US$ 53 milhões ou R$ 296 milhões) para cobrir as necessidades da Santa Sé e o déficit da Cúria Romana.
O Vaticano declara 4.234 bens imobiliários na Itália e cerca de 1.200 no exterior, principalmente em Paris, Londres, Genebra e Lausanne.
Criada em 1967, a Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (Apsa) publica seu relatório financeiro anual desde 2021, como parte dos esforços de transparência e saneamento empreendidos pelo papa Francisco diante da proliferação de escândalos financeiros.
Seu sucessor, Leão XIV, eleito em maio, enfrenta entre seus principais desafios a delicada questão de reequilibrar as finanças do Vaticano, cujo déficit estrutural é estimado em 70 milhões de euros (R$ 453 milhões), ante um orçamento de 1 bilhão de euros (R$ 6,4 bilhões).
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