TURIM, 27 MAI (ANSA) – O Vaticano decidiu afastar um conhecido monge laico italiano, Enzo Bianchi, da Comunidade Monástica de Bose, fundada por ele há mais de 50 anos.   

O monastério fica em Magnano, cidade situada na província de Biella, extremo-norte da Itália, e se diferencia da maioria das comunidades monásticas do país ao aceitar cristãos de todas as confissões.   

A decisão foi tomada pelo secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, e aprovada pelo papa Francisco, após uma inspeção realizada pela Santa Sé em dezembro passado.   

Segundo um comunicado da própria comunidade, a medida se deve a uma “situação tensa e problemática no que diz respeito ao exercício da autoridade do fundador, a gestão e o clima fraterno”. Bianchi, 77 anos, será transferido para outro lugar.   

O monge é autor de diversos livros sobre diálogo inter-religioso e contribuiu durante anos com artigos para alguns dos principais jornais da Itália, como La Repubblica e La Stampa, tornando Bose um ponto de referência para o cristianismo ecumênico.   

Ela já não era o prior do monastério desde 2017, mas continuava vivendo na comunidade. O afastamento também atinge outros expoentes de Bose: Goffredo Boselli, Lino Breda e Antonella Casiraghi.   

O Vaticano havia comunicado a decisão de forma privada, mas decidiu torná-la pública após “alguns destinatários” terem “rejeitado as disposições”. (ANSA)