CIDADE DO VATICANO, 07 MAI (ANSA) – O Vaticano confirmou que não fará as cerimônias de beatificação durante os meses de maio e junho, ao menos, por conta da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2). Segundo o cardeal Angelo Becciu, que preside a Congregação para as Causas dos Santos, cinco procedimentos estavam agendados e foram adiados para uma data ainda a ser definida – mas, outros poderão seguir pelo mesmo caminho caso a crise sanitária não cesse.   

“É um grande sofrimento, sobretudo, para as comunidades eclesiais que se preparavam para uma grande festa com o povo. É difícil pensar em uma ‘adaptação’ simples por streaming, teria sido um improviso”, disse Becciu à agência “Vatican News”.   

Para o cardeal, “o processo de beatificação começa no povo, pela aclamação que testemunha a ‘fama de santidade’ da pessoa, com a opinião comum do povo de que a vida do novo beato foi rica de virtudes cristãs, de fecundidade apostólica, da morte edificante”.   

De acordo com o religioso, a decisão de adiar as cerimônias foi também tomada por conta dos pedidos das comunidades diocesanas afetadas e da própria Santa Sé. “Quando na igreja local se celebra uma beatificação, há uma grande participação popular, milhares e milhares de pessoas, com a necessidade de uma preparação meticulosa, sobretudo espiritual, para redescobrir a figuro do novo beato ou mártir”, disse Becciu à agência, ressaltando que na atual situação do isolamento social há um impedimento para viver esse período profundamente.   

As cerimônias adiadas foram a do cardeal polonês Stefan Wyszynski, marcada para o dia 7 de junho, da irmã Lucia dell’Immacolata em 9 de maio, da italiana Maria Luigia del Santissimo Sacramento no dia 16 de maio, do sacerdote Cayetano Giménez Martín e 15 companheiros – entre religiosos e laicos – mártires da guerra civil da Espanha, no dia 23 de maio, e da jovem laica Sandra Sabattini, em 14 de junho. (ANSA)