CIDADE DO VATICANO, 16 JUL (ANSA) – Unindo-se aos novos padrões adotados por alguns países e impulsionado pela encíclica do papa Francisco sobre o meio ambiente, a “Laudato Sí”, o Vaticano decidiu abolir o uso de artigos de plástico e promover a política de lixo zero.   

Com coleta seletiva especial e reciclagem de materiais, o Vaticano quer extinguir até o fim do ano as embalagens descartáveis e itens de plástico de uso único em todo o território. Em entrevista à ANSA, o responsável pelos Serviços de Jardins e Natureza Urbana do Vaticano, Rafael Ignacio Tornini, disse que o Estado está “fazendo um esforço para recolher o máximo de plástico, além de já ter limitado a venda de plástico de uso único”. “Aqui dentro, não se vende mais”, contou. Tornini também explicou que o território trabalha separando os lixos em duas categorias: rejeitos urbanos e rejeitos – perigosos ou não.   

“Em 2016, foi criada uma ilha ecológica, um ‘eco-centro’, para onde vão todos os rejeitos especiais”, contou. “O sistema permite recuperar materiais. Mais recuperação, mais economia”.   

Exaltou Tornini. No entanto, ele confessou que há uma preocupação especial com o lixo da Praça São Pedro, onde passam diariamente milhares de turistas e fiéis. “Embaixo de cada coluna, colocamos lixeiras específicas para plástico. E posso dizer que está funcionando, porque estamos conseguindo recolher cerca de 10 quilos por dia”, disse o representante do Vaticano, contando ainda que os rejeitos biológicos são usados em compostagem para adubo para os jardins.   

“Felizmente, as pessoas atendem aos pedidos e campanhas. Tomam consciência e se adequam. Adotamos de coração a linha do Papa na Laudato Sí”, disse Tornini. (ANSA)