Na despedida de Vanderlei Luxemburgo, o Vasco teve decretado o seu quarto rebaixamento na história do Brasileirão, na noite desta quinta-feira, apesar da vitória sobre o Goiás por 3 a 2, em São Januário, no Rio de Janeiro. O time goiano já estava rebaixado à Série B, assim como Coritiba e Botafogo.

O resultado confirmou o que já era esperado, após o empate com o Corinthians na rodada passada. O Vasco entrou nesta rodada apenas com chances matemáticas de escapar da queda. Precisaria vencer, o que fez, e torcer por uma derrota do Fortaleza frente ao Fluminense, o que também aconteceu. No entanto, não conseguiu descontar um saldo de 12 gols na tabela.

O Vasco encerrou sua participação com dez vitórias, 17 derrotas e 41 pontos, na 17ª colocação. O Goiás ficou logo abaixo, com 37 pontos e a pior defesa do campeonato, com 63 gols sofridos. Assim, o time carioca sofreu o quarto rebaixamento de sua história na competição nacional.

O JOGO – Com uma dura missão pela frente nesta quinta, o time anfitrião não se desesperou para tentar alcançar a improvável goleada, mas também não fez feio nos primeiros 45 minutos. Os dois times, surpreendentemente, fizeram um animado primeiro tempo. Talvez por já estarem com suas situações definidas no campeonato, ambos jogaram soltos, com desempenho muito superior aos seus jogos anteriores.

Tentando fazer uma despedida digna da primeira divisão, o Vasco demonstrou maior iniciativa. E, ao menos enquanto Cano esteve em campo, o time da casa exibiu boa movimentação ofensiva. Aos 14, Carlinhos bateu rasteiro de fora da área, o goleiro Tadeu deu rebote na pequena área e o atacante argentino não perdoou.

Três minutos depois, ele acertou belo chute da entrada da área e Tadeu precisou se esticar para fazer boa defesa. A resposta do Goiás veio aos 24, em bate-rebate na área, com direito a bola na trave e improvável defesa de Fernando Miguel em chute de Fernandão. O VAR, contudo, mostrou que o goleiro pegou a bola já dentro do gol: 1 a 1.

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Com o jogo lá e cá, o Vasco não desanimou. Aos 24, Cano fez jogada linda, com direito a chapéu no marcador e bola no fundo da rede. Seria um golaço, mas o assistente assinalou o impedimento. Do outro lado, Rafael Moura desperdiçou grande chance aos 37.

Mas os minutos finais da primeira etapa foram de revezes para o Vasco. Cano saiu de campo machucado e, aos 51, Fernandão virou o placar para o Goiás, em cobrança de falta. Mais cedo, o zagueiro Leandro Castán já havia deixado a partida de forma precoce, por lesão.

O segundo tempo em São Januário foi o oposto do primeiro. A boa movimentação das duas equipes deu lugar a lentidão, que poderia ser atribuída à excessiva cautela. Mas era mesmo cansaço e um certo desânimo com a partida, que já não valia mais nada àquela altura.

Num raro lance de maior perigo, Ygor Catatau perdeu chance cara a cara com Tadeu. Na sequência, após cobrança de escanteio, Ricardo Graça subiu tranquilo entre dois marcadores e cabeceou para as redes, empatando o confronto.

A igualdade amenizou o que ainda havia de ímpeto no ataque vascaíno. A partida passou a se assemelhar a um amistoso, com as duas equipes tocando de lado, sem maior interesse pelo gol e pelo jogo.

Quando o duelo parecia definido, o zagueiro Ricardo Graça subiu de cabeça na área e anotou o gol da vitória dos anfitriões.

FICHA TÉCNICA:

VASCO 3 x 2 GOIÁS

VASCO – Fernando Miguel; Léo Matos (Juninho), Ricardo Graça, Leandro Castán (Marcelo Alves), Henrique; Bruno Gomes, Andrey (Tiago Reis), Carlinhos, Yago Pikachu; Talles Magno (Gabriel Pec) e Cano (Ygor Catatau). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

GOIÁS – Tadeu; Shaylon, Fábio Sanches, David Duarte, Jefferson, Henrique Lordelo; Miguel Figueira (Breno), Índio (Taylon), Fernandão (Sandrinho); Rafael Moura (Pedro Marinho) e Vinícius. Técnico: Glauber Ramos.

GOLS – Cano, aos 14, e Fernandão, aos 24 e aos 51 minutos do primeiro tempo. Ricardo Graça, aos 4 e aos 46 minutos do segundo tempo.


CARTÕES AMARELOS – Léo Matos, Miguel Figueira, Fábio Sanches.

ÁRBITRO – Leandro Pedro Vuaden (RS)

RENDA E PÚBLICO – Jogo sem torcida.

LOCAL – Estádio de São Januário, no Rio de Janeiro (RJ).


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