Depois de brigar muito na Justiça e conseguir fazer um acordo com o Ministério Público (MP) para a liberação de São Januário após atos violentos de sua torcida, o Vasco definiu seu estádio como o palco para a salvação do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Crente que em sua casa conseguirá somar os pontos necessários para a fuga da queda, o time desistiu de jogar com o São Paulo no Mané Garrincha, por exemplo, onde teria uma boa renda.

“Vasco x São Paulo no Caldeirão! Entendemos que, em qualquer lugar do País, estaremos em casa. Mas neste momento, com a reabertura do nosso estádio, e pela luta travada pelo nosso povo da região da Barreira, que fez uma linda festa quando jogamos longe da Colina Histórica, optamos por disputar essa partida em São Januário. Juntos somos mais fortes”, celebrou o Vasco após a divulgação do jogo no local.

O clube havia realizado um pedido para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para voltar a jogar em São Januário com o São Paulo e a entidade acabou ao pedido, confirmando que o duelo do dia 7 de outubro não será mais no Mané Garrincha e sim no estádio carioca.

Não será o jogo do retorno a São Januário, porém. Depois de enfrentar o Fluminense no Engenhão neste sábado, o Vasco recebe o Coritiba no dia quinta-feira, dia 21, no local, e prepara uma grande festa. Será um confronto direto contra a queda e a confiança em uma vitória é grande.

“É um templo do futebol mundial e para todo vascaíno. A energia do torcedor ajuda muito nos jogos que o Vasco precisa vencer”, afirma o atacante Rossi, feliz com a volta para casa. “Atuar em São Januário é muito especial, um lugar distinto, com a torcida mais perto, com um ambiente de arrepiar”, endossa Capasso.

Desde o dia 22 de junho, na derrota por 1 a 0 para o Goiás, que o clube não atua em seu estádio. Naquele dia, torcedores revoltados com mais um tropeço entraram em confronto com a Polícia Militar. Objetos foram atirados no gramado e ainda houve depredação do lado de fora do estádio. O clube acabou punido com a perda de oito mandos no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), mas conseguiu reduzir a pena.

No acordo com o MP, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi assinada com o clube assumindo a obrigação de garantir a segurança neste retorno a São Januário. Para evitar perder o estádio novamente, o Vasco fez reuniões com as principais lideranças de todas as torcidas organizadas para que não haja atos violentos em caso de novo revés no local.