12/10/2023 - 14:18
Milhares de estrangeiros estão bloqueados em Israel e nos territórios palestinos desde que teve início a guerra entre o grupo islamita Hamas e Israel, no último sábado (7), um conflito que deixou milhares de mortos até o momento.
Alguns países iniciaram operações de repatriação, e outros anunciaram planos para retirar seus cidadãos.
Confira abaixo um panorama da situação atual dessas operações, de acordo com os últimos comunicados oficiais:
O governo brasileiro anunciou que mobilizará pelo menos seis aviões para repatriar seus cidadãos que quiserem deixar Israel e os territórios palestinos. O primeiro voo, procedente de Tel Aviv, aterrissou na quarta-feira (11), em Brasília, com 211 passageiros a bordo. O segundo deve chegar ao Brasil nesta quinta-feira.
Cerca de 14.000 brasileiros residem em Israel, e em torno de 6.000, nos territórios palestinos. Alguns já fizeram essa viagem de volta em voos comerciais.
A Alemanha disse estar trabalhando com a Lufthansa para organizar “vários voos especiais” na quinta e na sexta-feiras para repatriar cidadãos alemães.
“Cerca de 4.500 cidadãos alemães” se inscreveram em uma lista para regressar, disse uma fonte do Ministério das Relações Exteriores.
A Argentina, país onde existe uma grande comunidade judaica, iniciou na terça-feira a operação “Retorno Seguro” para trazer de Israel mais de 1.200 cidadãos que solicitaram um lugar em um avião militar que chegou a Tel Aviv.
O governo austríaco anunciou que repatriou 176 pessoas, entre elas 139 austríacos, nesta quinta. Ontem, as autoridades disseram terem repatriado 98 pessoas.
Outro avião deve partir na quinta-feira. No total, 300 pessoas dos 8.000 austríacos que vivem na região pediram para voltar ao país.
Os primeiros voos operados pelo Exército canadense começarão a retirar na quinta ou sexta-feira os cerca de 700 canadenses que solicitaram ajuda.
No total, há 4.200 canadenses em Israel e, 470, nos territórios palestinos.
A Força Aérea Chilena anunciou nesta quarta-feira que fez “um bem-sucedido” terceiro voo, com mais de 75 passageiros, de Tel Aviv para Madri, após duas primeiras viagens para Atenas, na Grécia.
Um avião da Korean Air aterrissou na madrugada de quarta-feira no aeroporto de Incheon, nos arredores de Seul, com 192 pessoas repatriadas de Tel Aviv.
Cerca de 30 sul-coreanos serão retirados durante a semana em voos regulares, e outros 27 cidadãos, que estavam em uma peregrinação em Israel, sairão por terra pela fronteira com a Jordânia.
O governo anunciou que vai retirar, “nos próximos dias”, os cidadãos dinamarqueses que estiverem em Israel e nos territórios palestinos. Quase 1.200 dinamarqueses estão registrados em Israel, e 90, nos territórios palestinos.
Um segundo voo da Força Aérea da Espanha aterrissou na quarta-feira na base militar de Torrejón, perto de Madri.
“Com a chegada deste segundo voo, a Espanha já evacuou 429 pessoas de Israel: 334 espanhóis, 22 europeus, 41 ibero-americanos e 32 de terceiros países”, informou o Ministério da Defesa.
A Finlândia declarou que organizará a repatriação de seus cidadãos da região.
O governo anunciou na terça-feira que organizará um voo especial da Air France na quinta-feira para repatriar franceses que não puderam regressar para o seu país, devido ao cancelamento de voos comerciais.
Cerca de 180 gregos foram repatriados, segundo Atenas.
Na quinta-feira, 65 húngaros, incluindo 18 menores, conseguiram deixar Israel de barco, elevando para 388 o número de pessoas retiradas pela Hungria desde o fim de semana.
O governo islandês repatriou 126 de seus cidadãos, bem como cinco pessoas das Ilhas Faroé, quatro noruegueses e 12 alemães.
Dois aviões militares com 287 mexicanos repatriados de Israel e dos territórios palestinos chegaram ao México na quarta-feira, informou o ministro das Relações Exteriores do país.
O governo declarou que cerca de 1.000 pessoas solicitaram ajuda para retornar ao México.
Segundo dados oficiais, aproximadamente 5.000 mexicanos residem em Israel; dois, na Faixa de Gaza; e 35, na Cisjordânia.
A Nigéria já repatriou 310 cidadãos que se encontravam na Jordânia depois de saírem de Israel por via terrestre.
A Noruega organizou um voo, na noite de quarta-feira, para os seus cidadãos retidos em Israel e nos territórios palestinos. Existem cerca de 500 cidadãos noruegueses na região.
Portugal retirou 152 portugueses e outros 14 europeus na quarta-feira, em um avião militar. Na quinta-feira, outro voo tirou de Israel mais 22 pessoas, sendo oito portugueses e outras 14 pessoas de outras nacionalidades.
O primeiro voo de retirada de cidadãos britânicos partiu de Israel na quinta-feira, e outros voos estão previstos para o resto da semana.
Um voo de retirada de cidadãos suecos partirá de Tel Aviv na noite de quinta-feira.
Pelo menos 3.000 pessoas que têm vínculos com a Suécia vivem em Israel, e cerca de 800, nos territórios palestinos.
A companhia Swiss repatriou 435 cidadãos suíços.
Outros dois aviões vão retirar mais pessoas na quinta e sexta-feiras.
Cerca de 28.000 suíços e seus familiares estão registrados como residentes em Israel e nos territórios palestinos ocupados.
Na quinta-feira, 15 tailandeses, muitos deles feridos, chegaram a Bangcoc, após deixarem Israel.
Há outros voos previstos para domingo e quarta-feira.
Mais de 5.000 tailandeses tentam voltar para casa, partindo de Israel, onde cerca de 30.000 cidadãos desse país vivem e trabalham.
O primeiro voo de retirada está previsto para sair sábado, e Kiev prevê outro para domingo.
Dada a interrupção dos voos para a Ucrânia, por causa da invasão russa, os aviões irão, provavelmente, para países vizinhos como Moldávia, Polônia, Romênia e Eslováquia, declarou o embaixador de Kiev em Israel, Yevgen Korniychuk, na televisão ucraniana.
Mil cidadãos ucranianos pediram para serem retirados.
Cerca de 15.000 ucranianos moram em Israel e 1.000 nos territórios palestinos, entre eles 300 em Gaza.
Os Ministérios da Defesa e das Relações Exteriores anunciaram na terça-feira que um avião Hércules da Força Aérea viajará para Israel para repatriar uruguaios.
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