O assunto ‘varíola dos macacos’ está em alta, o que tem causado preocupação em todo o mundo. Afinal, ainda enfrentamos a Covid-19. Além disso, o nome da doença remete à varíola humana, que matou mais de 300 milhões de pessoas, antes de ser erradicada por uma campanha de vacinação global nos anos 80. Contudo, existem muitos questionamentos acerca da “nova” condição. 

+ Poliomielite pode acometer adultos; saiba como prevenir

+ O que é a Doença Inflamatória Intestinal e como evitá-la

Embora o vírus da varíola dos macacos pertença à mesma família da humana,  Orthopoxvirus, as doenças têm alguns diferenciais. Entenda todos eles a seguir.

Varíola dos macacos X varíola humana

Segundo o Instituto Butantan, a varíola dos macacos trata-se de “uma zoonose silvestre, ou seja, um vírus que infecta macacos, mas que incidentalmente pode contaminar humanos”.

A condição ganhou destaque nas últimas semanas, após quase 100 diagnósticos em cerca de 15 países — de maioria europeu, além de casos nos Estados Unidos e Argentina. O fato alerta as autoridades de saúde do mundo inteiro, visto que a doença deixou de ser endêmica (de apenas determinadas regiões — África Ocidental e África Central).

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

No “Encontro com Fátima Bernardes” nesta segunda-feira (23), a médica pediatra Ana Escobar esclareceu que esta é uma condição benigna, com taxa de mortalidade cerca de 20% menor que a varíola humana.

Embora esteja se espalhando em diversos países, com chances de chegar ao Brasil, conforme especialistas, a doença tem baixa taxa de transmissão, fato que reduz a hipótese de uma nova epidemia

+ Hepatite aguda infantil: o que é e como identificar os sinais

Transmissão e sintomas da varíola dos macacos

Segundo Ana Escobar, a contaminação ocorre pelo contato próximo entre uma pessoa contaminada e uma pessoal saudável, por meio de secreções e fluídos corpóreos ou contato direto com a lesão. Até o momento, não há informações precisas sobre transmissão por via respiratória.

Embora as erupções cutâneas sejam um dos principais sinais da doença, essas evidências costumam ser antecedidas por sintomas como febre, mal-estar, dor no corpo, dor de cabeça, linfonodos inchados, calafrios e exaustão. “Lesões na pele se desenvolvem primeiramente no rosto e depois se espalham para outras partes do corpo, incluindo os genitais”, destaca o Instituto Butantan. Contudo, nessas condições, é imprescindível contatar um médico. 

Infelizmente, ainda não há tratamento específico para a doença. Entretanto, a boa notícia é: a vacina desenvolvida para a varíola humana pode ser o melhor método de prevenção contra a varíola dos macacos.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias