Organizações da defesa dos direitos humanos e da liberdade de imprensa condenaram a execução, neste fim de semana, de um jornalista que estava detido na Arábia Saudita havia sete anos.
O jornalista saudita Turki al Jasser foi executado no sábado (14) após a confirmação de sua sentença por um tribunal, segundo as autoridades.
Ele tinha sido detido em 2018 e acusado de terrorismo, traição e ofensa à segurança nacional.
A aplicação da pena de morte no seu caso “reflete de forma dramática os limites que as autoridades sauditas estão dispostas a cruzar para reprimir os dissidentes pacíficos”, afirmou em um comunicado a ONG ALQST, com sede em Londres, em um comunicado publicado nesta segunda-feira (16).
“A falta de transparência em torno do caso Al Jaser aumenta a preocupação (…) sobre o alcance das violações dos direitos na Arábia Saudita”, lamentou.
Np sábado, o comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ) se declarou “indignado” com a execução do “eminente jornalista”, que cobriu temas como direitos das mulheres, Primavera Árabe e corrupção.
A organização Sanad, também com sede em Londres, apontou que as acusações de traição e terrorismo são frequentemente “utilizadas pelas autoridades sauditas para silenciar os jornalistas dissidentes e ativistas”.
A Arábia Saudita é um dos países que mais recorre à pena de morte. Mais de 100 pessoas já foram executadas no intervalo de um ano.
Em 2018, o país foi alvo de críticas após o assassinato e esquartejamento do jornalista Jamal Khashoggi, crítico ao governo, no consulado saudita de Istambul.
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