O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) pode subir até 1% em janeiro, de acordo com o economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) André Braz. Esse avanço não foge da sazonalidade do primeiro mês do ano, e deve ser resultado das já esperadas pressões de alta dos alimentos e dos cursos formais de educação, ressalta Braz.

Na primeira quadrissemana de janeiro, o IPC-S avançou a 0,40%, ante alta de 0,29% em dezembro, conforme divulgou a FGV pela manhã nesta segunda-feira, 8. O grupo Educação, leitura e recreação subiu 1,02% nesta leitura, após 0,42% em dezembro, enquanto o grupo Alimentação acelerou de 1,01% para 1,34%.

Nas contas de Braz, os cursos formais de educação subiram, em média, 1,66% no período, um pouco acima do esperado. Com isso, o prognóstico do economista é que a inflação média dos cursos formais possa atingir até 7% ao final do mês, o que representa uma pressão total de 0,30 ponto porcentual no IPC-S fechado.

“Mostra de certa forma a resiliência da inflação de serviços”, afirma o economista.

Em relação aos alimentos, Braz destaca que a principal pressão se deu pelos itens in natura, devido a uma redução de oferta, na esteira de condições climáticas mais adversas para a produção de determinadas culturas. “Em contrapartida, a parte de proteína animal e carnes está bem comportada, com avanços inferiores aos observados em dezembro”, pondera.

Os combustíveis também têm ajudado a moderar a inflação em janeiro, afirma o economista, com destaque para a gasolina, que ampliou o ritmo de deflação na primeira leitura do mês (-0,53% para -0,75%). “O preço internacional do petróleo vem se sustentando em patamares baixos. Enquanto seguirmos com esse cenário, veremos o preço dos combustíveis bem comportados por aqui”, afirma.