Vargas Llosa enfrentava doença incurável há 5 anos, diz mídia

MADRID, 15 ABR (ANSA) – O escritor peruano Mario Vargas Llosa, falecido aos 89 anos no último dia 13, sofria de “uma doença grave e incurável”, a qual foi diagnosticada no verão de 2020, revelou nesta terça-feira (15) o jornal El País.   

Citando fontes próximas ao Nobel de Literatura de 2010, a mídia informou ainda que o autor decidiu manter o diagnóstico na esfera privada, contando sobre a enfermidade apenas à família.   

Em carta destinada a seus filhos, Álvaro, Morgana e Gonzalo, Vargas Llosa citou sua “doença grave, e sem cura no seu caso, mas para a qual existem tratamentos que podem retardar o êxito final”.   

Em outubro de 2023, após anunciar que “Dedico a você meu silêncio” seria seu último romance, o Nobel trocou Madrid, na Espanha, por Lima, sua cidade natal no Peru, onde permaneceu rodeado de familiares e acompanhado por uma equipe médica.   

Em seus últimos meses de vida, Vargas Llosa decidiu visitar os cenários de seus romances mais célebres: o Colégio Militar Leoncio Prado e o antigo bairro vermelho de Lima, onde ambientou “A cidade e os cães”; o presídio de San Juan de Lurigancho, cenário de “História de Mayta”; e também o bar La Catedral, que inspirou seu célebre romance “Conversa no catedral”.   

Em março, mês em que completou seu último aniversário, o escritor hispano-peruano também voltou ao bairro de Cinco Esquinas, na zona de Barrios Altos em Lima, título de sua obra “Crocevia”, e à casa onde nasceu o músico popular peruano Felipe Pinglo, inspiração para o seu último romance. (ANSA).