O varejo brasileiro caminha para encerrar 2019 com o terceiro ano de crescimento consecutivo, mas ainda em ritmo insuficiente para recuperar as perdas acumuladas durante a crise. A avaliação é de Isabella Nunes, gerente da Pesquisa Mensal de Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As vendas do comércio varejista acumularam um avanço de 1,7% de janeiro a novembro do ano passado em relação ao mesmo período do ano anterior.

Durante a crise, em 2015 (-4,3%) e 2016 (-6,2%), o setor encolheu 11,7%. Nos dois anos seguintes de crescimento, 2017 (2,1%) e 2018 (2,3%), o crescimento acumulado foi de 4,6%.

Para o IBGE, a trajetória do varejo é de crescimento, com três anos consecutivos de recuperação.

“Muito provavelmente, quando acumular o 2019, ele não vai descontar as perdas. Por outro lado, é o terceiro ano positivo”, disse Isabella Nunes.

A pesquisadora do IBGE acredita que a recuperação do emprego com carteira assinada no mercado de trabalho seja fundamental para estimular consumo e impulsionar o crescimento das vendas a taxas mais elevadas.

“A renda do setor formal é mais elevada que o informal. E, por outro lado, ela assegura mais acesso ao crédito, o que também estimula possibilidade de consumo”, justificou Isabella.