O arquipélago de Vanuatu anunciou ter interceptado dois pesqueiros chineses e um iate russo, que considera suspeitos de atividades ilegais em suas águas territoriais.

Os dois barcos chineses foram capturados por uma patrulha naval em 19 de janeiro perto da ilha de Hiu, no norte da águas territoriais, informou a polícia.

É a primeira vez que este pequeno país, próximo da Nova Caledônia, no oceano Pacífico, realiza uma operação deste tipo.

As embarcações estão ancoradas no porto da capital, Port Vila, e 14 cidadãos chineses estão em quarentena sanitária à espera de serem interrogados sob suspeita de pesca ilegal.

Enquanto eram escoltados para o porto, a polícia viu um iate russo perto de Luganville. Três russos que estavam a bordo foram detidos e serão interrogados.

Vanuatu é aliado de Pequim, que lhe proporciona ajuda. Não foi possível contatar a embaixada chinesa para obter uma reação.

Segundo estudo realizado no ano passado pelo instituto londrino Overseas Development, a China é o país com a maior frota pesqueira de alto-mar, com quase 17.000 barcos.

Isto torna o país “no ator mais importante” do mundo em pesca ilegal, com práticas consideradas duvidosas e não sustentáveis, segundo o estudo.

Pequim nega. Uma porta-voz do ministério das Relações Exteriores afirmou em dezembro passado que a China “pratica a pesca de forma responsável” e que “segue o caminho do desenvolvimento ecológico e sustentável”.

Em março passado, Vanuatu fechou suas fronteiras para se proteger da pandemia do novo coronavírus e por enquanto só registrou um caso em quarentena em novembro.