O presidente do Audax, Vampeta, celebra em 2016 os resultados de um projeto iniciado em 2013. O ex-volante prefere não ser visto como dirigente, ainda carrega o estilo de jogador e admitiu, em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S. Paulo, que a campanha histórica de semifinalista era algo impensável antes do começo do Campeonato Paulista.

Ao ser questionado se o time mudou muito de 2014 para cá, o dirigente e ex-atleta enfatizou que o clube já “tem uma filosofia de jogo desde a base”. “O interessante é que no profissional, de 2014 para agora, de 60 a 70% do elenco é o mesmo. Alguns jogadores saem no segundo semestre, jogam o Brasileiro em outros times e voltam. Temos uma base que joga junta há uns cinco anos”, afirmou.

Curiosamente, o Audax irá enfrentar o Corinthians na semifinal do Paulistão e Vampeta verá os jogadores do que clube que dirige enfrentarem a equipe na qual ele se consagrou no futebol brasileiro. E, ao falar sobre como é o seu relacionamento com os atletas da equipe de Osasco, o pentacampeão mundial com a seleção brasileira em 2002 destacou: “Eu sou um grande torcedor da carreira deles. Eles chegaram até uma semifinal, fico feliz demais pelo nosso projeto. No meu caso, já ganhei de tudo, fui até lá em cima”.

O fato de o Audax ter conseguido sucesso com alguns jogadores também formados em sua base também é festejado por Vampeta. “Dos 28 inscritos no Paulista, temos uns cinco revelados no próprio clube. É uma quantidade boa para um time pequeno”, afirmou.

Já ao ser questionado se a vaga na semifinal era esperada, o dirigente reconhece que esta não era a meta inicial do clube, que tinha como principal prioridade a sua permanência na elite paulista, ainda mais agora que a competição estadual passou a rebaixar seis clubes.

“Quando começa o Campeonato Paulista, ainda mais neste ano, que caíram seis, você monta um time principalmente para não cair. Quando começa a competição, vai tendo os jogos, as coisas mudam. Saímos da zona de incômodo, depois estávamos disputando a classificação, ganhamos do Palmeiras e depois conseguimos vencer o São Paulo. Tudo aquilo que foi montado no começo, vai mudando”, disse Vampeta.