O ano de 2021 começou com uma mudança significativa no Futebol Americano Brasileiro. A CBFA ( Confederação Brasileira de Futebol Americana) tem uma nova presidente, fato inédito na história da entidade, o que traz novos ares e pensamentos para o esporte, que está em franca evolução no país.

Cris Kajiwara. paulista de Suzano, já conhece bem os meandros e caminhos da confederação. A nova presidente, eleita por aclamação, é administradora e tem experiência em gestão de empresas, algo que trouxe para a CBFA.

No FA nacional, Kajiwara tem passagem pelo Corinthians Steamrollers, além de trabalhos desenvolvidos na São Paulo Football League e Federação Paulista de Futebol Americano. Ela também assessorou a diretoria da CBFA em 2019 e agora, tem a missão de ajudar a elevar o nível do esporte e buscar sua expansão, já que fãs não faltam, além de equipes e ligas bem organizadas.

Cris falou com exclusividade à reportagem Valinor Conteúdo/L! e contou seus planos e metas na sua gestão, um marco para as moças, que terão uma representante em um esporte ainda majoritariamente masculino.

1-A sua chegada à presidência da CBFA foi um marco, quebrando uma sequência de gestões masculinas. O que isso representa para o esporte em si e para o desenvolvimento da modalidade tanto para homens, quanto para as mulheres?

Representa uma grande responsabilidade assumir a Confederação Brasileira de Futebol Americano, modalidade que vem crescendo e ganhando cada vez mais espaço em nosso país. Vamos trabalhar para mudar a imagem da CBFA, mostrando um trabalho sério e inovador. Como mulher, aproveitar as características que temos como a intuição, o jogo de cintura e a de se adaptar rapidamente a qualquer situação, para o desafio deste novo cargo como presidente.

2- Quais seus planos de desenvolvimento do FA no Brasil em sua gestão? Algum plano já definido?

Sim, já temos um plano definido. Nossa prioridade vai ser trabalhar no desenvolvimento das categorias de base. Incentivar a prática do flag nas escolas e universidades, visto que se tornará uma modalidade olímpica em 2028. Unificação e fortalecimento das Federações e entidades representativas em todo o país.

3- Como a CBFA vai ajudar os clubes e ligas a ajustar um protocolo sanitário para o retorno do esporte em 2021? Há conversas nesse sentido em andamento?

Este é um grande desafio que toda a comunidade esportiva, principalmente a amadora, vai enfrentar em 2021, que é o retorno pós pandemia. Estamos enfrentando ainda um período muito difícil no país e a melhora só deve acontecer com a evolução da aplicação das vacinas. Enquanto isso, vamos trabalhando com o comitê da saúde e médicos infectologistas para que o nosso retorno, quando for possível, seja da forma mais segura possível.

4- A Cris está no centro de um esporte ,muito masculino ainda. Para o feminino, que tipo de ações pretende desenvolver para a modalidade entre as meninas, que também querem praticar o FA?

Sim, vamos dar continuidade no trabalho já iniciado com a seleção feminina de futebol americano e dar ainda mais apoio e visibilidade às atletas que já nos representam tão bem no flag football. Além disso, realizar um trabalho contínuo para o desenvolvimento das atletas, descobrir novos talentos, incentivar que mais mulheres comecem a praticar o esporte.

5- Quando assumiu a CBFA, quais os primeiros desafios que encontrou e que eram mais urgentes?

Desafios mais urgentes, atrair novos patrocinadores, fortalecer a Confederação, traçar um planejamento econômico- financeiro mais adequado e sustentável para a CBFA.