A “valorização do trabalho humano” na cidade de São Paulo cresceu 29,12% nos últimos cinco anos, saltando de 388 pontos, em 2019, para 501, em 2024. Os números fazem parte do mais recente relatório do Índice do Capitalismo Humanista (ICapH) – que, entre outros fatores, afere a satisfação da população com as condições de trabalho e a dignidade profissional.

Conforme a Lei Municipal nº 17.481, de 30 de setembro de 2020, o ICapH é de utilidade pública e serve como instrumento para a orientação de políticas públicas. Os pesquisadores ouviram 616 moradores de São Paulo, distribuídos proporcionalmente entre as diversas regiões da cidade, entre 29 e 31 de março deste ano.

“Esse aumento, que reflete avanços significativos, é um dos fatores-chave para a avaliação das circunstâncias laborais, da remuneração e do reconhecimento profissional. O resultado contribuirá, certamente, para a tomada de decisões empresariais, favorecendo a criação de um ambiente econômico justo e inclusivo”, afirma Ricardo Hasson Sayeg, presidente do Instituto do Capitalismo Humanista, responsável pelo levantamento.

Os dados mostram, ainda, que, em 2024, 57,5% dos entrevistados consideram a valorização do trabalho humano como “razoável” ou “regular”. “Ótima” e “boa” somam 19,8%, e “ruim” e “péssima”, 21,7%.

Metodologia

O ICapH é calculado com base em avaliações da população sobre indicadores que retratam a situação econômica e social, por meio de uma régua de 0 a 5, para determinar o grau de satisfação com cada fator. A margem de erro é de 3,9% para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

A pesquisa tem como propósito fornecer um panorama da opinião pública em relação a diversos aspectos do chamado capitalismo humanista, inscritos no artigo 170 da Constituição, permitindo que gestores públicos e privados identifiquem áreas que necessitam de melhorias e implementem estratégias para promover um desenvolvimento sustentável e inclusivo.

Equipe da Coluna com informações do ICapH