O valor de mercado da Microsoft voltou a ser de US$ 600 bilhões nesta quinta-feira, no maior nível desde janeiro de 2000, de acordo com o Market Data Group, do Wall Street Journal. As ações da companhia subiram 0,39%, a US$ 77,91, estabelecendo uma nova máxima histórica. Com isso, a Microsoft volta a ter valor de mercado no nível da bolha da internet do início dos anos 2000.

Neste ano, a valorização das ações da empresa está em cerca de 25%, no caminho para a Microsoft ter o seu melhor ano desde 2013, com a empresa renascendo apostando na força da computação em nuvem. Ela é a terceira maior companhia do S&P 500 em valor de mercado, atrás apenas da Apple (cerca de US$ 800 bilhões) e da Alphabet, a controladora do Google (cerca de US$ 690 bilhões). Em junho, o Facebook e a Amazon.com juntaram-se ao trio como as únicas empresas listadas nos Estados Unidos com valor de mercado superior a US$ 500 bilhões.

O marco desta quinta-feira é o último lembrete de que as ações das empresas de tecnologia estão liderando o movimento de alta nos mercados acionários, com os investidores apostando nessas companhias devido ao lucro acima do esperado, apesar do lento crescimento econômico.

Embora muitos investidores e analistas tenham alertado que o recente movimento das techs as deixa vulneráveis a uma rápida reversão, muitos argumentam que o entusiasmo pelo setor está longe de qualquer espuma gerada na época da bolha da internet.

A última vez que a Microsoft ultrapassou os US$ 600 bilhões, em 2000, durou pouco. A bolha da internet atingiu o pico em março daquele ano e o índice Nasdaq demorou 15 anos para voltar a marcar esse nível.

A Microsoft, por sua vez, levou muito mais tempo para aumentar seu valor de mercado nos últimos anos do que na era pontocom. A empresa levou mais de oito anos para passar de US$ 150 bilhões para US$ 600 bilhões. No fim da década de 1990, a Microsoft demorou menos 800 dias para aumentar sua capitalização de mercado de US$ 100 bilhões para US$ 600 bilhões. Esse ritmo também é muito mais rápido do que o atual registrado pelas gigantes de tecnologia. Fonte: Dow Jones Newswires.