Os documentos apresentados por senadores e enviados pelo Congresso ao Supremo Tribunal Federal [STF] mostram que mais de R$ 3,4 bilhões foram usadas em emendas de relato nos orçamentos dos últimos dois anos. As informações são do G1 e da GloboNews.

O recurso, conhecido como “orçamento secreto”, ficou marcado pela falta de transparência na distribuição de valores. Os números apresentados pelos senadores referentes ao ano de 2021 ficaram na casa de R$ 2,4 bilhões e superaram o orçamento de seis ministérios – Relações Exteriores, Turismo, Meio Ambiente, Controladoria-Geral da União, Advocacia-Geral da União e Mulher, Família e Direitos Humanos.

De acordo com a GloboNews, dos 81 senadores, apenas 49 cumpriram a determinação de detalhar suas respectivas emendas. Outros 15 disseram não ter feito indicações nos últimos anos. Isso faz com que o número apresentado seja inferior ao que realmente representa.

Os dados apresentados também mostram um aumento nos valores entre 2020 e 2021, com subida de R$ 972,5 milhões para R$ 2,4 bilhões. Os números enviados ao STF, porém, são parciais.

Perguntado pela emissora sobre os dados levados ao Supremo, Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, emitiu um comunicado e disse que “o Congresso fez apenas o encaminhamento dos ofícios ao STF para conhecimento”.

“Os parlamentares apontaram as emendas de relator que apoiaram. O Congresso pode encaminhar novos documentos e elementos que entenda ser de interesse da ação judicial”, seguiu.