Durante evento no BNDES em celebração ao Dia da Indústria, o diretor da cadeia integrada de ferrosos da Vale, Vagner Loyola, afirmou que a empresa está determinada a liderar a transição para uma economia de baixo carbono. A estratégia inclui o avanço na siderurgia verde, com uso de minério de ferro de alta qualidade, e o investimento em cobre como mineral essencial para a nova matriz energética.
Entre as principais inovações destacadas está o briquete de minério de ferro, desenvolvido ao longo de duas décadas em Minas Gerais e capaz de reduzir em até 10% as emissões nos altos-fornos. A tecnologia já está sendo aplicada na planta da empresa em Vitória (ES) e será uma das bases para os “mega hubs” industriais que a Vale pretende instalar com uso de hidrogênio verde.
Loyola ressaltou que o Brasil possui vantagens únicas para assumir protagonismo na transição energética, como uma matriz elétrica majoritariamente renovável e abundância de minerais estratégicos. Os futuros hubs da Vale poderão operar com hidrogênio verde, agregando valor ao minério de ferro — o HBI, por exemplo, pode ser comercializado por até US$ 500 por tonelada, contra os atuais US$ 97 do minério bruto.
Além da siderurgia, a Vale aposta no cobre como pilar da nova economia. O programa Novo Carajás, lançado neste ano com previsão de investimentos de R$ 70 bilhões, pretende elevar em 40% a produção nacional do metal até 2030. “A transição energética é um negócio estratégico para a Vale. Contem com a gente”, concluiu Loyola.
Com informações de Brasil 247 e Notícias de Mineração.