A Vale inaugura neste sábado, 17, o maior projeto de mineração do mundo, o S11D, que produzirá minério de ferro ao custo de US$ 7,7 por tonelada, 41% menos do que a média. Além da excelente qualidade do minério, que permite o aproveitamento sem a formação de dejetos e de barragem, o projeto tem a vantagem de economizar energia, já que substitui o óleo diesel usado em caminhões, utilizado nas demais minas, por energia elétrica. O abastecimento é garantido pela usina hidrelétrica de Tucuruí, também instalada no Pará.

No S11D, a Vale vai retirar o minério de ferro em mina localizada na Floresta Amazônica, mais precisamente da reserva ambiental da Floresta Nacional de Carajás. A mineradora está na região, na verdade, desde 1985, em município vizinho, de Paruapebas, mas atuando de forma tradicional, com todas as implicações ambientais e econômicos que isso implica.

A inauguração de hoje, no município de Canaã do Carajás, será de apenas um dos quatro blocos com potencial mineral de 10 bilhões de toneladas. Ainda não há previsão, no entanto, de exploração das outras três áreas. A cotação internacional do minério está baixa e a Vale não tem a intenção de contribuir com a queda dos preços aumentando ainda mais a oferta da commodity.

Além disso, a exploração da Floresta Amazônica exige uma longa negociação com o Ibama. Até que chegasse ao dia de hoje, a Vale levou 15 anos. O S11D foi idealizado em 2001, mas a licença de operação saiu há dez dias.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias