Coluna: Mineração S.A.

Com 10 anos na área de mineração, Gabriel Guimarães é advogado especialista do setor mineral, com atuação em empresas nacionais e estrangeiras.Também com 10 anos de atuação no setor, Eduardo Couto é presidente da Comissão Especial de Direito Minerário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), vice-presidente jurídico e institucional do Grupo Cedro Participações e conselheiro do Sindicato da Indústria Mineral do Estado de Minas Gerais (Sindiextra).

Vale atinge marco produtivo em Salobo e receberá US$ 144 milhões

Reuters
Minério de cobre Foto: Reuters

A Vale receberá US$ 144 milhões por ter comprovado uma capacidade de processamento superior a 35 milhões de toneladas anuais na mina de cobre de Salobo (PA). O pagamento, parte de um acordo de streaming firmado em 2016 com a canadense Wheaton Precious Metals, ocorre após uma expansão de US$ 1,1 bilhão que elevou a capacidade operacional, inicialmente de 24Mtpa, para mais de 35Mtpa.

A confirmação do novo patamar produtivo veio após testes realizados por 90 dias, superando as metas acordadas. Com o resultado, além do pagamento imediato, a Vale receberá da Wheaton pagamentos anuais adicionais, que subirão de US$ 5,1 milhões para US$ 8 milhões por um período de 10 anos, desde que sejam mantidas taxas específicas de mineração e teor de cobre. No fim de 2023, a VBM já havia atingido um destes marcos, ao comprovar capacidade de 32Mtpa da mina no PA, recebendo US$ 370 milhões da parceira.

Em 2024, a mina de Salobo respondeu por mais de 75% da produção total de cobre da Vale, com quase 200 mil toneladas produzidas. Atualmente, o complexo paraense possui reservas minerais provadas e prováveis superiores a 1 bilhão de toneladas, com teor médio entre 0,60% e 0,65% de cobre.