Cinco meses depois do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, a Vale anunciou nesta quarta-feira, 26, reforço de estruturas que permanecem de pé no complexo de mineração e obras para evitar que a lama que vazou da barragem continue chegando ao Rio Paraopeba. O investimento será de R$ 1,8 bilhão, conforme a mineradora, até 2023. A barragem da Vale em Brumadinho ruiu em 25 de janeiro de 2019 matando 246 pessoas. Outras 24 estão desaparecidas.

Entre as estruturas que passarão por obras estão a barragem B6, de água, que fica próxima à B1, que ruiu. À época do rompimento, o temor das autoridades era de que a B6 também entrasse em colapso, o que poderia aumentar o impacto causado pelos rejeitos que desceram da barragem B1. Do valor a ser investido, conforme a empresa, entre R$ 400 milhões e R$ 500 milhões serão aportados em 2019.

Para a contenção de rejeitos, que se movimentam mais sobretudo em dias de chuva, a empresa prevê a construção de 15 estruturas de contenção no caminho da lama até o Paraopeba. A empresa anunciou ainda que será erguida uma “barreira hidráulica filtrante”, que terá cem metros de extensão.

“Todas essas estruturas têm a função de reter os sedimentos mais grossos e, ao mesmo tempo, diminuir a velocidade da água que desce pelo ribeirão Ferro-Carvão”, segundo a Vale. O ribeirão citado pela empresa é afluente do Rio Paraopeba. A expectativa da mineradora é de que as obras mobilizem 2,5 mil trabalhadores na região.


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