Pedidos de lideranças do PL no Congresso, como os do deputado Sóstenes Cavalcante (RJ) e do senador Carlos Portinho (RJ), seguem na fila de avaliação de Moraes, bem como os de Nikolas Ferreira (PL-MG) e outros correligionários. O único negado até aqui foi de Gustavo Gayer (PL-GO), também investigado na corte.
Por que Bolsonaro está preso
Na avaliação de Moraes, o ex-presidente descumpriu uma medida cautelar relativa ao caso em que é investigado por suspeita de atentado à soberania nacional. Bolsonaro e o filho, o deputado licenciado Eduardo (PL-SP), seriam responsáveis pela articulação que levou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a impor tarifas de 50% sobre a maior parte dos produtos brasileiros enviados ao país.
Enquanto o parlamentar está nos EUA desde março com o objetivo declarado de “denunciar” as ações do STF contra o pai, o ex-presidente foi citado pelo americano como vítima de “caça às bruxas” do Judiciário brasileiro no anúncio do tarifaço.
Por isso, Bolsonaro passou a usar tornozeleira eletrônica e foi proibido de circular livremente entre 19h e 6h, frequentar embaixadas e se manifestar pelas redes sociais, mesmo que por meio dos perfis de terceiros. Dias depois, falou com filho, esposa e aliados em ligações transmitidas em manifestações contra o Supremo e veiculadas nas redes sociais, e foi colocado em prisão domiciliar.