Valdemar garante candidatura própria do PL à presidência mesmo sem Tarcísio

Chefe de partido de Jair Bolsonaro evitar dar nomes e voltar a citar possível migração do governador de São Paulo à legenda

Valdemar Costa Neto
Presidente do PL, Valdemar Costa Neto diz ter dado autonomia para Bolsonaro decidir o rumo da legenda em 2026 Foto: Divulgação/Esfera

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, garantiu que o PL terá um nome para a disputa presidencial mesmo que Tarcísio de Freitas (Republicanos) dispute à reeleição em São Paulo. Em conversa com jornalistas durante o evento do Esfera em São Paulo, Valdemar evitou cravar nomes e deixou a decisão para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em conversas com jornalistas, Valdemar disse ter dado autonomia para Bolsonaro definir os rumos do partido em 2026. Entretanto, ele afirmou que lançará um nome pelo partido, mesmo que Tarcísio não se filie à legenda.

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“Ele [Jair Bolsonaro] escolhe o candidato que ele achar melhor. O Bolsonaro tem autonomia para isso no partido. Vai ter. Vai ter um candidato pelo PL à presidente. Ele [Bolsonaro] vai escolher”, disse.

O governador paulista é a aposta da direita para herdar o espólio do ex-presidente, inelegível até 2030. Alguns aliados, porém, defendem a candidatura à reeleição ao governo do Estado de São Paulo, justificando a chance de vitória no primeiro turno.

Mesmo que negue oficialmente, Tarcísio já admite a possibilidade de disputar ao Planalto em 2026. Valdemar reforçou que o chefe do Palácio dos Bandeirantes prometeu migrar para a legenda caso decida pela disputa nacional.

“O Tarcísio declarou na frente de cinco governadores que se for candidato ele virá ao PL. Hoje é candidato a governador. Quem o Bolsonaro escolher, estou de braços abertos”, reforçou.

Caso Tarcísio de Freitas mantenha sua posição para a reeleição em São Paulo, o PL tem na família Bolsonaro os favoritos para a disputa pelo Palácio do Planalto. Até o momento, o nome da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro é o mais bem colocado pela cúpula da legenda. De acordo com a pesquisa Quaest, Michelle tem 21% da preferência do eleitorado.

Outro nome discutido é do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, que tem 14% de intenções de voto. Caso seja candidato, Flávio teria que abortar a tentativa de reeleição ao Senado, abrindo espaço para seu irmão, Carlos Bolsonaro, hoje cotado para a disputa do cargo por Santa Catarina.