‘Vai ajudar a matar o pai?’, diz Valdemar sobre candidatura de Eduardo Bolsonaro

Valdemar Costa Neto, presidente do PL

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, voltou a defender que Jair Bolsonaro (PL) seja candidato à Presidência da República — apesar da inelegibildade do ex-presidente.

+ Após agradar aos bolsonaristas com anistia, Motta faz gestos para o governo

O cacique do partido disse em entrevista à Folha de S. Paulo esperar colaboração do presidente da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), para que uma anistia ampla e irrestrita seja aprovada.

“Queremos o Bolsonaro [livre]. É o que o partido quer. Acho que o que o Trump está esperando é a aprovação da anistia. O Bolsonaro tem que ser candidato. Você imaginava que o Lula seria candidato? Ninguém, afirmou.

Apesar da pressão do PL, o projeto mais avançado em discussão na Câmara dos Deputados é de uma anistia ‘light’, que apenas buscaria reduzir as penas dos condenados por ataques golpistas. 

O próprio deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), escolhido para a relatoria do projeto de lei, já disse ser “impossível” atender a todos os interesses dos aliados de Jair Bolsonaro.

Sobre a possibilidade do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disputar o pleito presidencial, Valdemar acredita que o filho ’03’ de Bolsonaro obedecerá o pai e desistirá da ideia. “Não acredito que ele brigue com o pai. Vai ajudar a matar o pai de vez?”, questionou, em entrevista à Folha de S. Paulo.

Valdemar evita cravar que, caso Bolsonaro siga inelegível, o nome natural para a disputa do pleito seja o do atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e afirmou que nomes como o de Ratinho Jr. (PSD), governador do Paraná, e de Michelle Bolsonaro também estão no páreo.

“Todo mundo tem chance, o Bolsonaro é imprevisível”, disse.