Rio – Três dos seis trens disponibilizados para cobrir a volta dos torcedores que compareceram ao estádio Nilton Santos, para o jogo entre Flamengo e Botafogo, na noite desta quinta-feira, tiveram composições depredadas. De acordo com a Supervia, quinze janelas foram arrancadas e uma porta da estação Olímpica de Engenho de Dentro foi quebrada ao ser forçada por um grupo de homens que estava no local.

A concessionária informou que conseguiu recuperar as janelas ao longo da via e já fez a reposição do material. Os trens estão em operação na manhã de hoje. A empresa destacou que a necessidade de retirar trens de circulação após jogos é recorrente por conta dos casos de vandalismos.

Segundo a Supervia, no último dia 23 de outubro, depois da disputa entre Flamengo e Grêmio pela Copa Libertadores, no Maracanã, o sistema ferroviário também sofreu com as depredações. Além disso, trens dos trens extras tiveram vinte oito janelas arrancadas das composições e uma grade de proteção da estação Oswaldo Cruz foi danificada. As composições, que possuem juntas capacidade para 7.500 passageiros, foram encaminhadas para a oficina e ficaram fora de operação por 48 horas.

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Janelas foram retiradas dos trens

Divulgação/Supervia


Porta da Estação Olímpica de Engenho de Dentro

Divulgação/Supervia


Três composições foram depredadas

Divulgação/Supervia

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Casos anteriores
A Supervia contabilizou ainda que após Flamengo e Emelec, no dia 1º de agosto, cinco trens extras tiveram janelas e chapas internas arrancadas ou quebradas. Em 21 de agosto, um trem extra para Japeri teve 10 janelas arrancadas após Flamengo x Internacional.

Já no dia 24 de julho, torcedores arrancaram mais de trinta janelas de quatro composições dos ramais Japeri e Santa Cruz, antes e depois do jogo Botafogo x Atlético MG, no Maracanã. Neste mesmo dia, a Supervia precisou acionar a Polícia Militar para impedir que cerca de 30 torcedores do Flamengo, que esperavam torcidas organizadas do Botafogo, na estação de Marechal Hermes, se enfrentassem no local.

Durante o Campeonato Carioca de 2018, a concessionária disponibilizou um total de 70 viagens extras, todas em trens com ar-condicionado, para transportar o público que assistiu aos principais jogos nos estádios Maracanã, Nilton Santos e Giulite Coutinho. No entanto, 38 janelas e seis visores de portas dos trens extras foram arrancados em dias de jogos.

SuperVia repudia os casos de vandalismo

A concessionária disse que lamenta que casos como este coloquem em risco quem utiliza o sistema ferroviário, além de danificar os trens e causar transtornos aos passageiros. A empresa ressaltou que, de acordo com o contrato de concessão, a segurança pública nos trens e estações é uma atribuição do Governo do Estado, que atua por meio do Grupamento de Policiamento Ferroviário (GPFer).

Em dias de jogos nos estádios próximos à ferrovia (Maracanã e Nilton Santos), são realizadas operações especiais no sistema, envolvendo o Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) e o efetivo de segurança da SuperVia. A empresa salientou que os agentes de controle da concessionária não têm poder de polícia e fazem o patrulhamento, sendo orientados a acionar os órgãos policiais sempre que necessário. Os casos são registrados em delegacia.


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