MOSCOU, 24 NOV (ANSA) – A vacina russa contra o novo coronavírus Sputnik V, a primeira criada no país, tem uma eficácia “superior a 95%” após a aplicação da segunda dose, informou o Instituto Gamaleya de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia na segunda rodada de informações preliminares nesta terça-feira (24).   

Segundo a nota oficial, que ainda precisa de revisão de cientistas independentes e de publicação em revista científica, afirma que os dados foram obtidos 42 dias após a primeira dose – o que dá 21 dias após a segunda dose.   

“Os dados provisórios serão publicados em uma das principais revistas médicas internacionais após revisão. Depois de completarmos os estudos clínicos da fase 3 da vacina Sputnik V, o Gamaleya fornecerá o acesso ao relatório completo dos estudos clínicos”, informou em nota o site da vacina.   

Ainda conforme os russos, das 40 mil pessoas da última etapa de testes, “mais de 22 mil voluntários foram vacinados com a primeira dose e mais de 19 mil com a primeira e a segunda doses.   

O monitoramento dos participantes está em curso”.   

Citando a longa história do método de produção da vacina, que usa a prática já consagrada de uso de combinar adenovírus, o Instituto ressalta que a imunização “permite uma resposta imunitária mais forte e no mais longo prazo em relação às vacinas que usam um mesmo vetor para as duas doses”.   

O documento ainda pontua que cada dose da Sputnik V será vendida “a preço inferior a US$ 10” no mercado internacional e que ela pode ser transportada em temperatura padrão de refrigeração – entre 2ºC e 8ºC. A afirmação alfineta outras duas vacinas candidatas – a da Pfizer/BioNTech e da Moderna – que por usarem métodos inovadores de RNA mensageiro (mRNA) são mais caras e precisam de refrigeração a -70ºC (no caso da primeira) e de -20ºC (no da segunda). (ANSA).