ROMA, 14 OUT (ANSA) – A vacina candidata contra o novo coronavírus mRNA-1273, desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Moderna, foi considerada “idônea” para solicitar o registro na Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e a consequente distribuição no território europeu, informou a empresa nesta quarta-feira (14).

De acordo com a nota distribuída à imprensa, o procedimento de solicitação será iniciado “nos próximos dias”, sendo o terceiro do tipo a chegar na agência europeia. Antes da imunização da Moderna, a ChAdOx1 n-CoV, da Universidade de Oxford e da farmacêutica AstraZeneca, e a BNT 162b, da alemã BioNTech e da farmacêutica Pfizer, também iniciaram o processo de aprovação.

A aprovação de “idoneidade” da vacina permite que as proponentes entrem com o pedido antes mesmo da finalização dos testes clínicos e de resultados conclusivos o que, no caso da Covid-19, está sendo adotado para acelerar o processo de imunização.

Os especialistas da EMA analisarão, portanto, os resultados dos testes pré-clínicos e os clínicos das fases 1 e 2 (de 3 no total) feitos em pessoas saudáveis de 18 a 55 anos e em pessoas idosas e publicados no “New England Journal of Medicine”.

Atualmente, a vacina contra o Sars-CoV-2 da Moderna está na fase 3, que inclui 28.618 participantes, e mais de 22 mil deles já receberam a segunda dose da imunização.

No comunicado, a empresa norte-americana informou ainda que trabalha com duas marcas europeias – a suíça Lonza e a espanhola Rovi – para a produção e o envase da vacina.

“Estamos comprometidos a desenvolver uma vacina segura e eficaz seguindo as indicações das agências de regulamentação e continuaremos com nosso diálogo contínuo com a EMA. A Moderna está aumentando sua capacidade de produção global para estar apta para entregar 500 milhões de doses por ano e, possivelmente, a partir de 2021, até um bilhão de doses anuais”, afirmou a CEO da empresa, Stéphane Bancel.

A mRNA-1273 é uma das vacinas mais promissoras contra a Covid-19 e apresentou resultados positivos em suas fases iniciais. A imunização é desenvolvida em parceria com o Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID), liderado pelo infectologia Anthony Fauci, o principal membro no âmbito epidemiológico da força tarefa do governo dos EUA contra a pandemia.

A vacina é feita a partir do RNA do Sars-CoV-2, com uma das tecnologias mais avançadas existentes. A compra de 80 milhões de doses da mRNA-1273 pela União Europeia está sendo negociada com a Comissão Europeia. (ANSA).