As quase 500 mil pessoas mortas pela Covid-19, por si só, já comprovaria a incompetência do Ministério da Saúde na gestão da pandemia. Mas a trapalhada da vez acontece na importação da vacina indiana Covaxin.

Mesmo após ter sido aprovada com restrições pela Anvisa, há duas semanas, o imunizante ainda não chegou ao País. E a demora se dá por problemas relativos à documentação de importação. Assim, o jogo de empurra entre o ministério e a empresa importadora, a Precisa Medicamentos, é de espantar.

O Brasil contratou a compra de 20 milhões de doses da Covaxin, das quais apenas 4 milhões serão utilizadas e de forma controlada em adultos com idade entre 18 e 59 anos, excluindo-se mulheres grávidas, puérperas, lactantes e pessoas com comorbidades.

O ministério, de forma irresponsável, não se digna a solucionar o problema e joga a questão para a empresa importadora, dizendo que a responsabilidade por obter a licença de importação é dela.

Não há dúvida de que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ainda não se deu conta da gravidade da doença e da situação de calamidade pública pela qual o País passa.