Vacina contra hepatite B para recém-nascidos entra em debate nos EUA

Especialistas designados pelo secretário de Saúde dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., cético em relação às vacinas, debaterão nesta quinta-feira (4) a imunização contra a hepatite B e analisarão a possibilidade de suspender sua recomendação para recém-nascidos, contrariando a opinião de muitos médicos.

O Comitê Consultivo sobre Práticas de Imunização (ACIP, na sigla em inglês), cujas recomendações costumam ser seguidas pelas autoridades federais americanas, modificou em setembro as orientações de vacinação contra a covid-19 e o sarampo.

Inicialmente prevista para esta quinta-feira, a decisão sobre a vacina contra a hepatite B foi adiada para sexta devido à confusão e à resistência de alguns especialistas quanto às implicações da mudança proposta.

Sob a direção de Kennedy Jr., o ACIP agora é composto por personalidades frequentemente criticadas pela comunidade científica por falta de experiência ou por difundirem teorias céticas sobre vacinas.

Esse grupo está reavaliando a segurança de várias vacinas, algumas delas em uso há décadas.

A mudança liderada pelo secretário de Saúde americano, que há muito expressa sua retórica antivacina apesar da ausência de credenciais médicas, vem causando alarme na comunidade médica e científica do país.

Especialistas alertaram para a queda das taxas de imunização e para o retorno de doenças contagiosas e letais, como o sarampo, que causou várias mortes em 2025.

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