O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto declarou nesta quarta-feira, 6, por meio de sua defesa, que a acusação do procurador-geral da República – imputando a ele organização criminosa – “é totalmente improcedente”. Em nota, o criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, defensor de Vaccari, se referiu à acusação como “surpreendente denúncia”.

Na terça-feira, 5, Janot entregou ao Supremo Tribunal Federal denúncia formal contra o “quadrilhão” do PT, envolvendo os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, cinco ex-ministros petistas (Antônio Palocci, Guido Mantega, Edinho Silva, Paulo Bernardo e Gleisi Hoffman) e o próprio Vaccari.

O procurador pediu a condenação de todo o grupo alegando que eles formaram uma organização criminosa para desvios de recursos públicos entre 2002 e 2016.

D’Urso é taxativo. “O sr. Vaccari, enquanto tesoureiro do PT, cumpriu seu papel, de solicitar doações legais destinadas ao partido, as quais sempre foram depositadas na conta bancária partidária, com respectivo recibo e a prestação de contas às autoridades competentes, tudo dentro da lei e com absoluta transparência.”

O advogado assinalou que Vaccari “continua confiando na Justiça brasileira e tem convicção de que as acusações que lhe são dirigidas haverão de ser rejeitadas”.