“Eu vim de longe/ Vim de um reindo do passado”. A declaração de Vitoru Kinjo está em “Permissão”, a faixa que o apresenta em tom autobiográfico e abre seu CD de estreia, “KINJO”, fruto de uma pesquisa artística e sócio-antropológica que o compositor e cantor vem realizando ao longo dos últimos 15 anos e que sai do forno na sexta-feira 9 pelo Matraca Records/YB Music. Em parceria com o Estúdio Lebuá, de São Paulo, o álbum foi concebido.

Vitoru Kinjo: musicalidade ancestral e contemporânea na busca de um bem viver comum
Vitoru Kinjo: musicalidade ancestral e contemporânea na busca de um bem viver comum (Crédito:Paola Vianna)

O disco foi concebido na Samauma, residência rural de pesquisa, reflexão e ação nas artes e na ecologia que funciona desde o final de 2015 num sítio na Mata Atlântica da Serra do Mar. Antes de chegar aos ouvidos brasileiros, o álbum teve direito a um pré-lançado no Japão, no final de 2016, durante o VI Worldwide Uchinanchu Festival, em Okinawa, com o show “Vitoru Kinjo e o Regional Diaspórico”.

Na definição do próprio autor, “KINJO é movido por uma utopia musical e sócio-pessoal na busca de um bem viver comum. Ele parte da imaginação sobre nossas raízes, sempre transculturais, mas ligadas ao presente e ao passado do mundo e da terra, para uma música que seja ao mesmo tempo antropofagicamente ancestral e contemporânea”.

A tradução sonora desse conceito ao mesmo tempo simples e complexo aparece na forma de um encontro da música popular brasileira com o Oriente e o mundo. O percurso utópico de Vitoru inclui folk, ijexá, choro, baião e rock, além de curiosidades que ele define como “jongo pop” e  “ciranda afro-asiática”.

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