São Paulo, 11 – As importações de carne bovina pela China devem crescer 1,3% em 2025, mostra o escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Pequim. O volume deve ser de 3,825 milhões de toneladas em equivalente carcaça, superior aos 3,775 milhões de toneladas estimadas para 2024. O desempenho reflete a necessidade do país de manter o abastecimento diante de uma leve queda na produção doméstica.
A produção de carne bovina na China deve recuar para 7,74 milhões de toneladas em 2025, ante 7,78 milhões de toneladas projetadas para 2024.
O número de abates também deve diminuir, de 52,49 milhões de cabeças para 50,65 milhões, devido à redução no rebanho de animais prontos para o abate.
Mesmo com a leve alta nas importações, o consumo interno de carne bovina deve cair marginalmente, passando de 11,587 milhões de toneladas em 2024 para 11,547 milhões em 2025.
Suínos
A China deverá reduzir ligeiramente suas importações de carne suína em 2025, passando de 1,307 milhão de toneladas em 2024 para 1,3 milhão de toneladas, uma queda de 0,54%, segundo estimativa é do escritório do USDA em Pequim. Essa diminuição se deve à fraca demanda do consumidor, resultante da desaceleração econômica.
“Além disso, fontes da indústria informam que a carne suína importada não está se movimentando tão rapidamente no mercado quanto anteriormente, e os comerciantes parecem ter estoques adequados”, disse o USDA em relatório.
O USDA também prevê estabilidade nas compras externas de matrizes suínas, com 4 mil animais por ano. “O consenso é de que o plantel suíno da China se recuperou após a forte redução causada pela peste suína africana (PSA), e que os membros da indústria suína verticalmente integrada melhoraram o gerenciamento dos plantéis. Além disso, os números de matrizes estão sendo atendidos principalmente por raças nacionais, complementados por importações modestas”, explicou o USDA.
Em 2025, a produção chinesa de suínos deverá atingir 705 milhões de cabeças, praticamente estável em relação aos 704,97 milhões de cabeças de 2024. Segundo o USDA, o crescimento marginal será impulsionado “por um estoque de matrizes que começou a crescer no segundo semestre de 2024”.
A produção de carne suína está prevista para 57 milhões de toneladas, uma redução de 0,11% em relação aos 57,06 milhões de toneladas de 2024. “A produção de carne suína diminuirá em 2025 devido à expectativa de menos suínos para abate e à fraca demanda por carne suína”, afirmou o relatório.
Além disso, o USDA estima que a produção no segundo semestre de 2025 será maior do que no primeiro semestre, pois as empresas devem reagir aos sinais de preços no fim de 2024 e no início de 2025, começando a aumentar a produção.